segunda-feira, 17 de junho de 2013

MINHA MANIFESTAÇÃO

Tenho recebido algumas indagações sobre as manifestações que começaram em São Paulo e, como fogo em pólvora, se espalharam diversas capitais e outras grandes cidades do Brasil. O que dizer? Sou contra? Sou a favor? As perguntas ficaram mais incisivas à partir do momento em que estou no epicentro das manifestações, na cidade de São Paulo, a pouco mais de 1.000m da Av. Paulista.
Cautela, antes de um posicionamento mais direto, e eu tenho que tecer algumas considerações preliminares.
Primeiro, a origem das manifestações. Tem-se omitido que a origem das manifestações está em grupos oposicionistas ao governo de São Paulo, PCdoB, PSTU, PCO e outros partidecos e grupelhos insignificantes e meio de vida de espertalhões que sobrevivem do Fundo Partidário, como vários documentos comprovam a participação de grupos liderados por, inclusive, Luciana Genro, filha do ex-ministro e agora governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. O objetivo? Iniciar as bagunças que promoveriam imagens de violência da "polícia do Alckmin" contra o "pobre povo" [muitas imagens manipuladas já apareceram na internet] que seriam usadas nas eleições paulistas para governador em 2014. Esta é uma fixação dos petistas, tomar o governo do estado de São Paulo. Por incrível que pareça, não se contentaram com a presidência, querem o governo do estado paulista, e, assim, quebrar de vez a espinha dorsal da já fraca, inoperante e ineficiente oposição nacional.
Segundo, o desenvolvimento das manifestações. Os ditos protestos populares, encabeçados inicialmente por engajados jovens de classe média e média alta paulistana, contavam com um moto, o tal "passe livre", e algumas ferramentas, como rojões, garrafas de tinta spray, sinalizadores e coquetéis molotov. Quando impedidos de parar uma das artérias da cidade de São Paulo, a av. Paulista [com numerosos hospitais] partiram para a pancadaria – e no dia seguinte, embora tivessem aceito que não invadiriam a avenida, tentaram invadir e foram rechaçados pela PM. Até este momento o PT mantinha-se à distância, mas começava a preocupar-se porque poderia respingar na popularidade do poste que conseguiu instalar na prefeitura, Haddad.
Terceiro, a reação da polícia, que, com base na lei, pode e deve impedir que vias públicas e serviços essenciais sejam tomados por desordeiros. Houve excessos? Creio que nenhuma violência é necessária, mas como a polícia deveria reagir a coquetéis molotov e sinalizadores [como o que matou o boliviano Kevin Espada]? Com flores? Não, mas com o uso de uma de suas prerrogativas, a força. Cumprindo a lei e detendo pessoas que ameaçavam destruir patrimônio público, particular, ônibus e veículos particulares. Vale lembrar que funcionários de uma emissora de TV foram ameaçados e tiveram que sair de perto das tais "manifestações pacíficas'.
Quarto, as ações da polícia em São Paulo não ficaram em nada a dever às dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e, principalmente, Distrito Federal. Mas a cobertura da TV foi totalmente desproporcional. Para o que acontecia em São Paulo adjetivos como bárbaros e violentos, mas não se via o mesmo especialmente em relação às manifestações em Brasília. Passei em Brasília hoje, e, no taxi, conversei com um taxista, que me afirmou que a reação foi violenta. Na TV pude ver absurdos sendo cometidos, como cavalos pisoteando pessoas, policiais em motocicletas atropelando propositalmente pessoas nas ruas.
Quinto, os participantes. Hoje à tarde, tomando café nas proximidades do Andrew Jumper, na rua Maria Borba, e duas coisas me chamaram a atenção. Jovens que não trabalham estavam portando máscaras caseiras contra gases, ao mesmo tempo que produziam uma fumaça de cheiro característica. Isso mesmo, estavam se preparando para as manifestações, por volta das 15.30h, fumando cannabis sativa. O cheiro tomava boa parte da rua. Ninguém me contou, eu vi. Quando afirmam que é o Brasil que está acordando, lembro a frase de uma jovem estudante, que, ao ver imagens de violência no Rio de Janeiro, inclusive com risco de incendiar a Assembleia Legislativa e o Museu Municipal [sim, os manifestantes pacíficos usaram coquetéis molotov], com o saldo de 5 policiais feridos, um deles com o braço quebrado. A jovem virou o rosto com desdém e disse: "Ah, é no Rio", como se quisesse que a violência estivesse acontecendo em São Paulo.
Sexto, o PT, o Partido das Tramóias, que está por trás de muito do que está acontecendo. Preocupado com o respingar das manifestações na popularidade de Haddad e Dilma, o PT ordenou a entrada de petistas na jogada para tentar levar o foco para longe de seus expoentes [pelo menos 5 funcionários ligados à presidência da república foram identificados nas manifestações]. Mas parece que a coisa já fugiu ao controle, o que era para ser uma provocação contra Alckmin acabou despertando uma escondida e insuspeita insatisfação contra toda a roubalheira que vem sendo praticada, avisada há pelo menos 3 anos pelo deputado federal Romário Faria, que afirmou que a Copa seria uma grande oportunidade para roubalheira, como, evidentemente, tem sido. As manifestações já fugiram ao controle da petralhada, e por isto estão preocupados. Dilma, a terrorista, já afirmou que apenas manifestações pacíficas são aceitáveis. Não pode explodir bombas. Não pode destruir patrimônio alheio. Não pode roubar bancos, não pode ferir pessoas nem tirar vidas – exatamente o que ela fazia. O PT já está tentando capitalizar o que eles tentaram criar e fugiu-lhes ao controle. Haddad, Gilberto Carvalho e Dilma Roussef já estão anunciando que vão "dialogar com os movimentos sociais". O problema é que os movimentos sociais com os quais eles dialogam [Movimento Passe Livre e outros] já lhes pertence - e não estão conseguindo controlar as coisas. Então, eles tem que aparecer - e, de criadores da problemática, agora querem posar de donos da solucionática. É pra inglês ver. Será que vai dar certo? Será que o Brasil vai se deixar enganar por estes especialistas em mistificação?
Finalmente, o que eu penso de tais manifestações?
São legítimas? Na sua origem, eram apenas politiqueiras. Mas, se efetivamente se tornaram populares, desde que não apelem para a violência, desde que não se armem de maconha [creio que apenas uma minoria fez uso dela], de coquetéis molotov, de sinalizadores, pedras e paus, desde que não destruam patrimônio público e particular, então, são legitimas. Fugindo a estas normas, tornam-se criminosas e merecem a aplicação da lei. Sei que muito amigos vão discordar, especialmente aqueles que mantém relações com as esquerdas, mas o discurso inicial de R$ 0,20 já se mostrou falso. O objetivo era outro – tanto que o primeiro já está soterrado sobre aquilo que realmente causa indignação: a roubalheira, a canalhice, a tentativa de intimidação das instituições [ministério público, imprensa] que iria ser votada sob a fumaça da Copa das Confederações.

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