A ESCOLA DE TÜBINGEN
Tem origem nos escritos de F.C. Baur que procurou
interpretar a história do cristianismo de acordo com os princípios filosóficos
de Hegel buscando o centro da pregação paulina na concepção de Espírito e sua
antítese Espírito x carne. Baur entende o espírito sob a ótica hegeliana
considerando que se trata do infinito e absoluto em oposição à carne, finita –
o homem receberia uma porção do Espírito do próprio Deus e seria libertado do
finito e do relativo, alcançando a liberdade absoluta. O cristianismo seria uma
religião absoluta e a Paulo aquele em cuja doutrina da liberdade e
reconciliação teria sido expressa a consciência absoluta da unidade do homem
com Deus no Espírito, afastando-se do cristianismo primitivo preso à lei e ao
judaísmo particularista – e com base nestas ideias Baur aceita como autênticas
apenas Rm, Gl, I Co e II Co. Discípulos posteriores rejeitariam categoricamente
a autenticidade das epistolas paulinas.
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