Não há dúvidas sobre a autoria paulina destas cartas –
aliás, elas próprias lembram que é desnecessário levantar questionamentos sobre
o que não precisa ser questionado porque o único efeito que disso pode resultar
é minar a fé de alguns. A saudação pessoal de Paulo a Timóteo é bastante
enfática. Não se tem indicação nem de local nem de uma data precisa da
composição destas cartas, mas é provável que elas datem do período entre os
anos 62 e 68 dC. Estas duas cartas, à semelhança de Tito e Filemom, são cartas
pessoais, claramente endereçadas a indivíduos. Timóteo e Tito eram, além disso,
cooperadores do trabalho, o primeiro em Éfeso e o segundo em Creta. Paulo
insiste na necessidade de fidelidade no desempenho de suas funções, e, ao mesmo
tempo, na continuidade do trabalho de discipulado através da preparação de
outros homens idôneos, os quais seriam imbuídos de funções de liderança na
Igreja, tanto da diaconia quanto do presbiterato. Sua fidelidade também
serviria para obstacular a entrada, permanência e crescimento de movimentos
heréticos no seio da Igreja. É de se lamentar que a Igreja moderna, ou grandes
grupos dela, não leva em consideração o ensino das Escrituras e as orientações
de Paulo a Tito e tem sido liderada por homens de reconhecida incapacidade bem
como de pouca ou nenhuma condição moral e espiritual para serem lideres do
rebanho de Deus. A grande maioria não passaria no teste de fé, como Simão, o
mago.
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