A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
Os estudiosos voltaram-se para as ideias e os fenômenos
religiosos populares sincretistas no mundo helenista com as religiões de
mistério, possuidoras de uma história mitológica sobre a divindade adorada no
culto que teria, de alguma maneira, vencido poderes superiores ou a própria
morte (Cora, Serápis, Ísis e Osíris, Adônis, Átis e Mitra). De alguma maneira
os adoradores receberiam uma participação na vitória, ressurreição e imortalidade
da divindade adorada através da ideia magica-materialista do sacramento que
funcionaria ex operato – tudo isto
com a participação em determinadas cerimônias descritas em linguagem secretas
cujo conhecimento deve ser mantido em segredo. É com estas religiões de
mistério que alguns estudiosos relacionaram e procuram interpretar a pregação
paulina mas com o tempo percebeu-se que as relações eram apenas de aparência
externa mas de significado bastante diverso.
Das religiões de mistério a ênfase passou a recair sobre o
gnosticismo como o denominador comum para o universo de pensamento paulino (uma
mistura de elementos pré-cristãos, gregos, orientais e dualistas e Reitzenstein
chega a conclusão que Paulo não pensava de maneira histórica mas “pneumática”, isto
é, gnóstica – sua teologia não era o que havia chegado a ele, mas como ele a
havia contemplado e experimentado como um gnóstico.
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