quarta-feira, 16 de setembro de 2015

FILIPENSES - UMA INTRODUÇÃO EM UM PARÁGRAFO



A história da fundação da Igreja em Filipos é bem conhecida estando relacionada com a conversão do carcereiro local. A carta foi escrita de uma prisão, provavelmente de Roma (entre os nãos de 61 e 63), embora haja partidários que defendem Éfeso (anos 54 e 57), com o intuito de agradecer o envio de algumas ofertas e dar-lhes preciosas orientações, mencionando, inclusive, a existência de um corpo dirigente naquela Igreja. Embora a autoria não tenha grandes obstáculos para sua aceitação, alguns críticos a veem como uma compilação de duas ou três cartas, mas esta teoria da interpolação carece de bases mais solidas. Três problemas se destacam no conteúdo da carta: o temor diante das perseguições, da qual a ausência de Paulo era um dos muitos eventos; murmurações e discussões entre duas irmãs que estavam causando divisão na Igreja e a infiltração ainda incipiente de judaizantes inimigos de Paulo que podia levar alguns a abandonarem-no. E isto transparece no fato de ser uma carta com as características mais emocionalmente pessoais do apóstolo, título, aliás, dispensado na saudação inicial. Apesenta Cristo como gracioso e humilde, e também glorioso. Embora preso, Paulo ainda se alegraria em saber que os filipenses estivessem bem, demonstrando genuíno interesse pastoral, o que se espera de um pastor – especialmente em tempo em que abundam os exploradores do rebanho.

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