quarta-feira, 16 de setembro de 2015

GÁLATAS - UMA INTRODUÇÃO EM UM PARÁGRAFO



Carta de autoria geralmente indisputada onde Paulo defende de maneira extremamente vigorosa a fé cristã – sem permitir qualquer brecha para uma possível aceitação de algo que complementasse a obra de Cristo, diminuindo-a. Os crentes gálatas eram gentios que se deixaram impressionar pelos mestres do legalismo judaizante que os desviaria da verdade da suficiência de Cristo para a salvação. A carta foi endereçada provavelmente aos crentes da região de Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Derbe visitadas por Paulo na sua primeira viagem, tendo sido escrita por volta do ano 50. Alguns chegaram a defende que a carta houvesse sido enviada à região norte da Galácia mas esta posição tem se mostrado insustentável pela ausência de argumentos eficientes. O problema enfrentado na Galácia e em vários outros lugares levaria à discussão de como os cristãos gentios deveriam ser admitidos à Igreja – problema resolvido pelo concílio de Jerusalém retratado no cap. 16 do livro de Atos dos apóstolos. O principal problema tratado na carta é a tensão entre antinomia e legalismo – os legalistas viam o cristianismo sem a observância ritual e formal da lei como ofensiva, e Paulo via a exigência desta observância como uma negação da suficiência de Cristo para a salvação dos eleitos por quem Cristo morreu. Esta visão acabou prevalecendo. O ponto final da carta aos gálatas é o fato de que é o anúncio de que pela fé, e pela fé somente, o pecador é salvo. Resolvido o problema da suficiência de Cristo, a questão dos judaizantes fica como um precioso alerta para a Igreja e o legalismo, bem como a tendência de colocar alguma exigência além da fé para a salvação dos que creem no Senhor Jesus.

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