sábado, 18 de setembro de 2010

GRIPE SUÍNA E ESPÍRITO DE PORCO E PROPINA NA CASA CIVIL

Vinícius de Oliveira Castro, um dos sócios de Israel Guerra, filho de Erenice, foi o primeiro a cair na Casa Civil. Reportagem de  Diego Escosteguy e Otávio Cabral mostram algo mais sobre a nojeira que é o governo Lula e a Casa Civil na gestão DILMA ROUSSEF.
viniciusmallaNuma manhã de julho de 2009, o jovem advogado Vinícius chegou à Presidência da República para mais um dia de trabalho. Entrou em sua sala, onde despachava a poucos metros do gabinete da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff [agora candidata a presidente da República] e de sua principal assessora, a agora ex-ministra Erenice Guerra. Vinícius se sentou, acomodou sua pasta preta em cima da mesa e abriu a gaveta. O advogado tomou um susto: havia ali um envelope pardo. Dentro, R$ 200.000 reais em dinheiro vivo - um “presentinho” da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula. Vinícius, que antes “trabalhava” na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac [antes sob a chefia de Erenice Guerra], começara a dar expediente na Casa Civil semanas antes, apadrinhado por Erenice Guerra e o filho-lobista dela, Israel Guerra, de quem logo virou compadre. Excitado com a propina, reagiu em voz alta: “Caraca ! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”. Um colega tratou de tranqüilizá-lo: “É o ‘PP’ do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo” – pergunto: Todo mundo quantos? Quanto isto seria em dinheiro vivo – lembrando que era apenas a comissão “por fora” de um contrato governamental. PP é a sigla para os pagamentos oficiais do governo. Consta de qualquer despacho público envolvendo contratos ou ordens bancárias. Adaptada ao linguajar da cleptocracia [da roubalheira], significa propina. Tamiflu, por sua vez, é o nome do remédio usado para tratar pacientes com a gripe A1N1, conhecida popularmente como gripe suína.

Dias antes, em 23 de junho, o governo, diante da ameaça de uma pandemia, acabara de fechar uma compra emergencial desse medicamento — um contrato de 34,7 milhões de reais. O “PP” entregue ao assessor referia-se à comissão obtida pela turma da Casa Civil ao azeitar o negócio.

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