Na propaganda eleitoral o PT afirma que Lula criou 14 milhões de empregos. Não vou entrar no mérito da atuação de Lula no crescimento da economia brasileira [de resto, menor do que a da grande maioria dos países emergentes e inferior a todos os desenvolvidos]. O caso é que para quem afirmou que criaria mais de 3 milhões de empregos o resultado foi bastante modesto. A proposta era a criação de 25 milhões. Ficou em modestos 14 milhões em 8 anos, em uma média de 1.75 milhão ao ano. E isto se deve a setores da economia satanizados pelo próprio governo, como o setor de mineração e a agroindústria. Mas deixemos isto para lá. É mero terrorismo. O Brasil não vai voltar a 2002 – é impossível voltar no tempo. O Brasil pode, sim, é crescer mais e melhor, com menos roubalheira. Vejamos o que assustou o petralhismo.
O Instituto Datafolha fez uma pesquisa, publicada na Folha de São Paulo, que mostra que Dilma perdeu 5 pontos das intenções de voto [e viu sua dianteira murchar de 14 para apenas 2 pontos sobre os demais adversários] em apenas uma semana, em números consolidados, sem levar em conta a margem de erro. Dilma tinha 51 e caiu para 46. José Serra permanece com 28 e Marina subiu para 14. No pior dos cenários para o petismo ela pode estar com 44, Serra com 30 e Marina com 16, o faria sua dianteira simplesmente ter evaporado. Dilma teria 54% dos votos válidos e caiu para 51. Ou 48 x 52, dentro da margem de erro. Segundo a pesquisa Dilma está caindo em todas as regiões e estratos da população, e seu índice de rejeição subiu para 27%.
Ela perdeu pontos entre os que ganham entre 2 a 5 SM assim que o escândalo envolvendo a “ex-amiga” Erenice Guerra foi sendo tornado de conhecimento público. Aliados em estados como Amapá, Tocantins estão totalmente enrolados. As mulheres também começaram a abandonar Dilma [queda de 47 para 42% das intenções de voto]. Os mais escolarizados diminuiram de 35 para 28%, onde ela está atrás de Serra [34%] e Marina [30%]. Num eventual segundo turno a petista teria 52% e o tucano José Serra subiu para 39%, numa diferença que caiu de 22 para apenas 13%.
Lembremos um dado da eleição passada, onde o candidato era Lula, não um poste. Ele tinha 53% dos votos válidos, segundo as pesquisas. E Alckmim tinha tinha 31. Heloísa Helena vinha com 7. Lula contava com 55% dos votos válidos. Uma situação mais confortável do que a de Dilma, que é Dilma. As urnas tiraram 4 de Lula, deram 10 para Alckmin e Heloísa ficou na mesma. Se isso acontecer novamente Dilma terá 42, Serra 38 e Marina continuará nos mesmos 14, o que dará 44% dos votos válidos para Dilma e 40% para Serra. Isso levaria a disputa para o segundo turno. Mas lembremos que o Brasil é outro, o coronelismo está espalhado por todos os rincões, a máquina do governo está trabalhando a todo vapor e as instituições foram degradadas.
É isso o que vai acontecer? Não sei. Mas que os petistas estão com medo, ah, isso não resta dúvida. Aliados já começaram a desembarcar da canoa. Alugados estão preocupados com a fatura e os reféns da máquina começam a respirar aliviados.
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