Tenham santa paciência. A Venezuela, Bolívia, Argentina, Cuba e Paraguay não contam com imprensa livre. O pouco que resta tem sido perseguido violenta e descaradamente. Mas Lula acha que eles têm liberdade demais. Depois dos constantes ataques à impensa o partido do presidente e seus aliados e alugados acabam mostrando o que realmente são: inimigos da liberdade, amigos do dinheiro público. Vamos a um caso exemplar [só pra lembrar, o jornal Estadão foi censurado a pedido da família Sarney]:
O lulista Carlos Gaguim (PMDB), governador do Tocantins, aliado de Lula e que faz parte da coligação com Dilma Roussef, que tenta permanecer no cargo, recorreu à justiça para impedir a a imprensa de publicar notícias que o vinculem a um esquema de corrupção. Foi bem-sucedido junto ao desembargador José Liberato Costa Póvoa, ele próprio um exemplo de honestidade, que tem a mulher [Simone Cardoso da Silva Canedo Póvoa é assessora superior — R$ 3.600 por mês — na Secretaria de Cidadania e Justiça] e a sogra [Nilce Cardoso da Silva - Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social] empregadas no governo do estado e responde a um processo no Conselho Nacional de Justiça por venda de sentença, concedeu a liminar impedindo a imprensa do Tocantins de veicular qualquer notícia sobre a investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo que aponta o governador e auxiliares como beneficiários de uma máfia que atua em vários estados. Não contente, estendeu a sua decisão ao jornal O Estado de S. Paulo, acrescentando o jornal, então, à lista de 83 veículos sob censura!
A revista VEJA desta semana traz uma reportagem sobre as lambanças atribuídas a Gaguim, que disputa a “reeleição” pela coligação Força do Povo, que reúne 11 partidos, inclusive o PT. Ele é, no estado, o grande aliado de Lula, o novo teórico da censura. Como há liberdade demais no Brasil ,o governador do Tocantins achou que podia acabar com ela, e mobilizou 30 policiais militares, armados com fuzis, para tentar impedir, na madrugada de anteontem, a distribuição da VEJA no Estado. A ordem era para apreender a revista no aeroporto. Nota: não havia decisão judicial nenhuma autorizando a operação. Gaguim e o desembargador estão violando a constituição, especialmente em seu artigo 5. O procurador da República Álvaro Lotufo Manzano pediu auxílio da Polícia Federal para que a revista pudesse chegar à distribuidora.
Tudo isto para proteger criminosos, ladrões, bandidos, quadrilheiros. Isto é o resultado de uma política de intimidação às liberdades no Brasil – e vai piorar, pois nosso presidente e sua candidata poste querem fazer do Brasil uma nova Cuba. Raramente se permite que processos que interessam aos poderosos sejam conhecidos do público, geralmente se alegando que correm sob sigilo de justiça. É interessante que até mesmo os interessados no processo, as vítimas, tenham cerceado seu direito de acesso àos dados.
Vale lembrar que hoje a censura foi revogada no Tocantins. Até quando?
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