Tem crescido o número de praticantes do que foi denominado “naturismo cristão”. O novo modismo é "tirar a roupa para Jesus". A falta de vergonha, natural nos não convertidos, está penetrando de mais uma maneira no ambiente evangélico – não necessariamente cristão. No Brasil já hágrupos de pseudo-evangélicos praticantes de nudismo, inclusive realizando reuniõesde oração "in natura". Nos Estados Unidos e na Austrália há igrejas em que todos participam do culto nús: crianças, jovens, idosos e até o pastor.
O arquiteto Estevão Prestes [foi expulso da igreja do Evangelho Quadrangular há 3 anos], webmaster de um site defensor do tal naturismo, diz que gosta de orar nu e assim define o movimento: "Somos um grupo de cristãos de diferentes igrejas que descobriram na prática naturista uma forma de desenvolvimento pessoal, de comunhão mais profunda ou, em alguns casos, apenas uma saudável opção de lazer [o que tem de cristianismo verdadeiro nisso?]. Apesar do direcionamento predominantemente evangélico estamos abertos a cristãos de todas as correntes, já que não acreditamos na discriminação.Assim como o cristianismo, o naturismo também não se restringe a grupos sociais específicos, sendo composto por pessoas das mais diferentes profissões, níveis de escolaridade, faixas etárias e classes sociais. Naturistas aprendem a enxergar o outro além dos rótulos: antes de sermos desta ou daquela classe social, desta ou daquela raça, desta ou daquela religião ou nacionalidade, somos antes de tudo, depois de tudo e em todo o tempo, seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, e esta imagem é o que pode existir de mais sagrado e presente em todos". É interessante o modo como ele se refere à sua expulsão: "Quando meus hábitos foram descobertos [se é tão espiritual assim, porque ele precisava se manter escondido?], fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral" e completa referindo-se à sua atual igreja "Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem, me aceitam". E conclui que "as pessoas ainda têm preconceito contra o nu porque por falta esclarecimento. Sempre fui atuante na Igreja e não esperava ser excluído de minhas atividades de uma maneira tão desagradável. Mas a religião não deixou de estar no meu dia-a-dia."
O pior é que ele diz que nem mesmo a "conversão" [eu prefiro acreditar em adesão religiosa] fez outro naturista, Carlos Moreira, abandonar a prática. ‘Não me considero um pecador. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu [ôpa, será que ele rasgou quantas páginas de sua bíblia – Jr 1.8; Ez 23.10; Hc 2.15]? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo". Carlos Moreira, 44 anos, comerciante. Outro Carlos deixou os os cultos por se sentir "incomodado com o conservadorismo e o fanatismo": "Optei pelo naturismo e sou livre. Ser cristão é pregar o Evangelho onde for".
Nesta indecência há até uma pastora [???] que se esconde no anonimato [Lc 12.3; I Co 4.5] e usa o nome de Márcia e diz: “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”. Me pergunto se o nosso ‘contato’ com o Senhor não é por intermédio do Espírito Santo? As roupas atrapalham, é isso? O interessante é que os “ímpios descrentes” interditaram, para o naturismo, a praia que ela frequentava. Sensualidade? Márcia diz que não há: “Vemos a nudez com olhos do espírito, sem malícia”, ensina ela, que é líder de uma denominação neopentecostal, afirmando que “A igreja evangélica está recheada de dogmas e tabus. Somos tolhidos de vermos o mundo como é. Não poderia abrir minhas opiniões aos fiéis. Causaria grande rebelião” [Mc 9.42]. Ela afirma fazer “atendimentos espirituais” nestes lugares: “Certa vez, uma irmã estava com sérios problemas e prestei favores espirituais para ela ali mesmo, em um sítio de convívio naturista”.
Segundo Richard Foley, frequentador de uma igreja naturista, já há comunidades inteiras quese reunem para cultos “in natura”. Diz ele: "Eu não acredito que Deus se importe com a maneira como você se veste quando você faz suas orações. O negócio é fazer as orações".
Mas, entre os que não fazem parte da congregação, a ideia de uma igreja nudista não agrada muito. Várias pessoas ouvidas nas ruas de Ivor se surpreenderam e disseram achar o conceito de uma igreja nudista desrespeitoso. O pastor Allen Parker discorda fazendo uso de uma eisojegue [porque exegese não é]: "Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando ele nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu [é mentira, os judeus não despiam completamente os supliciados] e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu [desafio qualquer um a provar exegeticamente o que este tolo diz]. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?"
Aos pastores e membros de igrejas que aderiram a esta prática, lembro que Deus disse a Moisés que não subisse ao altar por degraus para que sua nudez não fosse vista (Êx. 20.26), e depois ordenou que os sacerdotes usassem roupas fechadas quando fossem ministrar para que nada ficasse à vista (Êx. 28.42-43). Agora esses ministros naturistas querem tirar toda a roupa? Davi ministrou diante da arca ‘vestido de uma estola sacerdotal de linho’. Não seria o mais correto evitar escandalizar os que eles consideram "mais fracos" se são, realmente, espirituais?
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