Ou: "O que falta a uma que a outra já tem"?
A trajetória [quase escrevo com “g”, confundindo trajetória com tragédia] de Dilma Roussef e Erenice Guerra é realmente parecida. Não são, na acepção da palavra, entes políticos. São quadros de um partido. Dilma migrou do PDT, traindo Leonel Brizola [segundo ele mesmo disse] para o PT gaúcho [para ficar à sombra do poder, de onde saiu sob a batuta de Lula]. Erenice, por sua vez, esteve o tempo inteiro à sombra da sombra – e sob ela continua, até o momento de ser, por necessidade, não por incompetência [porque competente ela é, sempre fez todas as maracutaias que sua chefe mandou], catapultada. A osmose chega a ser tão impressionante que as duas chegam a usar o mesmo brinco e colar – e mulheres costumam ser bastante ciosas destas "semelhanças" [há aquelas que vão embora de uma festa – ou ao menos vão se trocar – se percebem que outra usa uma roupa semelhante].
 Dilma, a criatura |  Erenice, a criatura da criatura |
O mesmo olhar arrogante, a mesma atitude comum aos chefões do serviço público [porque será que isto acontece – tanto faz ser numa pequena agência como numa grande, todos assumem o mesmo olhar arrogante, como se dissessem: vocês precisam de mim, eu dispenso todos vocês]. Erenice deu continuidade aos desmandos de Dilma na Casa Civil – ela era só um preposto que achou que poderia se dar bem, junto com sua família. Dilma não conseguiu administrar uma lojinha de importados do Panamá [as populares R$ 1.99 – e isto numa época do dólar em baixa]. Erenice não consegue administrar nem seus filhos na Casa [da prevaricação] Civil. A parceria Dilma-Erenice vem de longa data. Estavam juntas no dossiê contra Ruth-FHC, na venda da Varig com prejuízo de quase R$ 500 milhões para os cofres públicos, na proteção aos Sarney [Caso Lina Vieira], no Plano Nacional de Banda Larga [ou da bandalheira com as telecomunicações]; no Plano Nacional dos Direitos Humanos e suas aberrações como censura e aborto; nestes casos que estão vindo à tona agora pela investigação da imprensa, não da polícia, todos ocorridos quando Dilma era ministra e Erenice apenas sua secretária-executiva, isto é, aquela que fazia tudo o que ela mandava. E agora vamos dizer que Dilma não tem nada com isso. Sou jovem… posso até não ter conhecimentos administrativos ou legais suficientes, mas tolo? E o resto do Brasil? E você, acredita mesmo nesta “verdade Goebbels” [uma mentira repetida até ser acreditada como verdade]. Ah, vale lembrar que a Casa Civil não é uma “casa”, mas uma sala a 15m da sala do presidente. Será que ele também não sabia de nada? Como dizia aquele comediante: “Bobinho esse menino”…
Lula já descartou companheiros de longa data para salvar mais um dos dedos. Erenice pode ser a primeira a ser descartada por Dilma. Lula está fazendo escola. Ah! O que falta a Erenice? Ser apadrinhada por Lula. O resto é bobagem.
Veja esta fala [é “Dilmentirinha”]:
“Eu não estou envolvida nesse caso. Não é ‘como eu não posso’. Ao contrário: como eu estou envolvida nesse caso? Aonde (sic) está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso? É importante, no Brasil, que a gente não perca, né?, a referência das conquistas da civilização. Tem de provar que você fez, e não você provar que não fez”.
Quem disse que Dilma está envolvida [rs] nas maracutaias da família Guerra? O que se diz é que ela é, no mínimo, responsável [ainda não se provou culpa] pela existência de lobby e pelas maracutaias que sua subordinada imediata vem fazendo há tempos [e sempre como sua subordinada da mais absoluta confiança]. A isto se chama responsabilidade política. E Dilma tem que ser responsabilizada. Quanto à polícia, está nas mãos de Lula e seus petralhas [suas investigações internas não vão levar a lugar nenhum – vide o escândalo da compra do dossiê anti-Serra em SP: tem crime, tem dinheiro, tem gente com o dinheiro, mas ninguém é responsabilizado]. Tanto é assim que Erenice continuou com as maracutaias mesmo com a saída de Dilma, que a colocou em seu troninho – algo que Lula quer fazer com Dilma.
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