terça-feira, 21 de setembro de 2010

III. A IGREJA E OS POLÍTICOS

Para acompanhar o raciocínio, leia primeiro os dois posts anteriores.

Em breve teremos que exercer o direito e a obrigação de votar. Como então, escolher um candidato. Os motivos elencados para fazer tais escolhas são muitos: interesses pessoais, econômicos, familiares, indicação de terceiros, afinidade política, amizade, pura simpatia, história de vida do candidato, religião, etc. Sei que algumas escolhas já estão feitas, e que estas não mudarão. Mas creio ser necessário observar se as candidaturas propostas tem, realmente, propostas de governo que podem ser homologadas pelo voto de um cristão? Se és cristão, reflita nestas questões?

i. A candidatura em questão é a favor ou contra o aborto? O aborto é uma ofensa a Deus, um crime, um assassinato. No programa de governo ou na plataforma da candidatura há algum posicionamento a respeito? Na história da candidatura proposta [não importa que grau de afinidade tenhamos com a pessoa que se candidata] há algum posicionamento pró ou contra a vida? Há diversas propostas tratando da descriminalização do aborto do Brasil. Sabe-se quem as tem proposto, o atual ministro da saúde já demonstrou interesse em implantar esta prática no Brasil, e dependendo do quadro político vigente em janeiro, é possível que o tema volte a ser discutido.

ii. A candidatura proposta é a favor ou contra a castidade? Na pauta da câmara dos deputados encontra-se projetos de lei que envolvem a sexualização das crianças. Já há projeto conjunto do ministério da saúde e da educação para distribuir preservativos nas escolas públicas com crianças à partir de 8 anos de idade. Isto sem sombra de dúvida promove ao menos a aceitação como natural da promiscuidade. De que adianta combater a pornografia infantil, a exploração sexual de nossas crianças se o ministério da saúde e da educação se propõem a incentivar a prática sexual ainda na infância? Que ninguém seja tolo ao afirmar que isto acabará não incentivando a prática, mas que é só uma medida educacional e preventiva. Tendo o instrumento à disposição, eles vão usá-los.

iii. A candidatura proposta é a favor ou contra a aberração homossexual? Não estamos falando de indivíduos, mas da prática que, aos olhos de Deus, é aberração [Lv 18.22]. Pretende-se institucionalizar o "dia do orgulho gay" obrigando a sua comemoração em todas as instituições de ensino fundamental, públicas ou particulares. Ainda há a pretensão de obrigar pastores e padres a realizarem solenidades de casamentos homossexuais – quem não o fizer poderá ser multado, preso e processado por "descriminação e desobediência civil", respondendo ao processo em regime de detenção;

iv. A candidatura proposta é a favor ou contra a liberdade de expressão, especialmente a liberdade religiosa? Há projetos em vias de serem votados que proíbem cultos ou evangelismo em locais públicos [parada gay pode], obriga-se à realização dos cultos particulares com as portas fechadas, limitam o tempo dos programas evangélicos televisivos e obrigam os pastores a possuir faculdade de jornalismo [pode-se ser presidente da república semi-analfabeto] com limitação de assuntos: dízimos, ofertas, espiritismo, feitiçaria e idolatria. Qualquer tipo de mensagem contra estas práticas contrárias à Palavra de Deus pode ocasionar a eventual prisão do pregador. Estes projetos são tem autores conhecidos, e contam com aval dos ministérios e secretarias de governo. Eles não se contentam em mentir. Querem esconder a verdade.

v. A candidatura proposta tem reputação ilibada e combate a injustiça social e a corrupção? Estes são dois males endêmicos no nosso país. A mera transferência de renda, o assistencialismo desenfreado que apenas encabresta os menos favorecidos à uma esmola mensal não é a solução para as desigualdades sociais. Quais as propostas dos candidatos na área de educação, saneamento, geração de emprego e sustentabilidade econômica? Como o candidato trata as questões de corrupção? Considera-a algo natural, finge não saber ou combate-a? O que a história política dos candidatos em questão lhe diz a este respeito? É necessário que o trato com ao bem público seja feito com seriedade e transparência. Como os candidatos que estão pedindo seu voto se relacionam com as leis e com as instituições? Denigre-as? Enxovalha-as? Ou as respeita e valoriza?

vi. Qual o posicionamento da candidatura proposta em relação à família? Não estou perguntando sobre como é família do candidato [ainda que isto diga muita coisa, basta ver o que o jornalismo tem mostrado nos últimos dias], mas me refiro ao que, como governante, proporia para família. O esfacelamento familiar está em pauta nas leis que podem ser publicadas em breve [dissolução instantânea casamento, retirada da autoridade paterna para educar e corrigir os filhos – como se o estado tivesse competência para isso].

vii. A candidatura proposta demonstra compromisso com valores democráticos, institucionais ou com a liberdade de expressão? Os candidatos tem se mostrado respeitosos para com os direitos dos cidadãos de saberem o que fizeram e fazem como pessoas públicas? Há inúmeras tentativas de acabar com a liberdade de expressão em nosso país. A censura à moda castrista, chavista e até mesmo kirschnerista [Argentina] é aclamada como alguns como o modelo a ser seguido. Reiteradamente há quem afirme que há liberdade demais para a imprensa e para o povo expressar suas opiniões. Você concorda com isso? Sabe quem não quer que você seja informado dos constantes escândalos envolvendo praticamente todas as esferas da vida pública? Quando questionado nega-se a dar explicações ou conta dezenas de vezes a mesma mentira na esperança de que você acredite nela?

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