Há alguns dias dirigia-me para a igreja quando tive que fazer uma manobra com meu veículo. Havia um carro estacionado, erradamente, na contra-mão e quase na esquina. Fiz a manobra [desviando-me do veículo] e imediatamente retornei para a faixa onde deveria transitar. Quando estava terminando a manobra vi uma motocicleta virando a esquina, rapidamente e na contra-mão. Não tive opção senão brecar e torcer para não haver uma colisão. O piloto, sem capacete, de chinelo, com uma senhora na garupa [também sem capacete], pilotando uma BIZ sem faróis com apenas uma das mãos [com a outra segurava uma lata de cerveja] começou a falar alguns impropérios. Ao que eu lhe respondi que ele precisava tomar mais cuidado, pois fizera uma manobra perigosa, colocando em risco a vida dele e também a da senhora, e que estava na contra-mão, etc… A justificativa dele foi: “Ali na frente é a minha casa, estou ido pra lá”. Insisti dizendo-lhe que poderia fazê-lo sem transitar na contra-mão e colocar a sua vida em risco. Continuou dizendo que ia pra casa dele, e que sempre fazia aquilo, e que eu deveria ser de fora, pois não percebia que não estava numa cidade onde a lei era obedecida, que estamos em Jacundá, e que aqui é uma selva, etc... Quando vi que não haveria meio de resolver o problema convencendo-o do erro, resolvi encerrar o assunto e disse-lhe: “Perdoe-me por eu estar fazendo a coisa certa”. Me despedi e segui adiante.
Porque estou tratando disto? É que fiquei com a impressão que, na mentalidade das pessoas, já se tornou errado fazer a coisa certa. É mais proveitoso – e isto está se institucionalizando – agir pelos atalhos, dando jeitinhos e gorjetinhas… Alguns amigos me dizem: se não for assim você não consegue fazer nada. Mas, me pergunto: e se todos se negarem a agir assim, os que esperam as gorjetinhas terão que trabalhar honestamente. Quem não estiver satisfeito com seu salário que procure outro emprego.
A certeza da impunidade [vide mensalão, dossiê dos aloprados, dossiê Ruth-FHC, dossiê anti-Serra, favorecimento aos Sarney na Receita, violação de sigilo bancário do caseiro Francenildo, do vice-presidente de partido de oposição, Sr. Eduardo Jorge, de filha e genro do principal candidato da oposição, José Serra, venda de dados fiscais de milhares de brasileiros, quebra do decoro do cargo pelo presidente [ameaçou extinguir um partido legítimo], zombaria contra a oposição através de documento oficial de ministério [Srª. Erenice Guerra, etc…]. A impressão que se tem é que pode-se tudo, pois, utilizando uma frase célebre, parece que “não há pecado do lado de cá do equador”.
Mas há. E há um Deus “cujo trono está nas alturas e que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra”. E ai desta nação que chama iniquidade de outro nome. Iniquidade é iniquidade. O salmista lembra ao ímpio que não basta uma falsa ética – aliás, ética é o que falta a estes iníquos [será que eles sabem o que é isso?]. Há muito que o que se instituiu no governo em todos os níveis [Jacundá-Pará-Brasil é um exemplo claro disso – os iníquos dominam as esferas municipal, estadual e federal] é um tipo de conduta que se levanta contra Deus e seus preceitos.
Deus é contra a roubalheira? Rouba-se à luz do dia, sem mais qualquer pudor; Deus é contra a injustiça? O direito é torcido pelos “jurisconsultos” como Márcio Tomás Bastos. Suborno, corrupção, ladroagem são práticas corriqueiras dos nossos “príncipes”; Deus é contra o assassínio? Pretende-se matar milhares de crianças em formação descriminalizando o aborto no Brasil; Deus é contra o homossexualismo? Pretende-se instituir o casamento homossexual e, mais ainda, amordaçar com ameaças de prisão quem quer que lembre que tal prática é abominação aos olhos de Deus; Deus estabeleceu a família? Pretende-se que ela não passe de um mero arranjo contratual, podendo ser desfeita a qualquer tempo e mesmo sem qualquer motivo. A lista é imensa. Mas vou deixar que o leitor lembre-se de quantas práticas hodiendas são defendidas pelos petistas.
O presidente quer ser adorado como uma divindade [lembre-se de Herodes, sr. Lula, que quer ter 100% de aprovação popular – At 12.33], julga-se acima do bem e do mal [nem Deus, por sua natureza santa, é livre para cometer pecados – e nosso presidente os comete reiteradamente e escarnecendo de quem dele discorda]. O salmo 50 mostra esta conduta dos lulistas com uma clareza impressionante: um bando de ladrões que se associam a larápios, caluniam, difamam e acham que ficarão impunes. Não, não ficarão – mesmo que consigam escapar da justiça [tem isto no Brasil???]. Ainda que a resposta de Deus pareça demorada, ainda que pareça que Deus não está se importando ele afirma que apenas aguarda o momento do julgamento. E nossa nação está à beira do precipício, à beira do julgamento. E Deus dá um aviso terrível: “Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo [Hb 10.31]”. Continua o salmista: “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” [Sl 50.22].
Sabe o que mais me espanta nisto tudo? É ver cristãos [seriam mesmo?] associados a esta súcia de bandidos. Piores que o profano Esaú, que vendeu a primogenitura por um prato de lentilhas, estão simplesmente desconsiderando o perfil do justo traçado no salmo 1: não anda no conselho dos ímpios [não pensa como eles], não se detém no caminho dos pecadores [não faz as mesmas coisas que eles fazem] nem se assenta na roda dos escarnecedores [não assume a impiedade como estilo de vida]. O Senhor julgará o seu povo – e os iníquos também. Como será o destino do nosso país, infeliz nação que não tem Deus como seu Senhor…
Nenhum comentário:
Postar um comentário