terça-feira, 28 de setembro de 2010

MINHA FAMÍLIA EM CONCORDATA [I]

Estudo na IPJ dia 26.09.2010

MINHA FAMÍLIA PODE SER RECUPERADA

O que você diria se soubesse que mais da metade das crianças que passam pela FUNDAÇÃO CASA [antiga FEBEM] são oriundas de igrejas e famílias com pelo menos um membro evangélico? A família tem sofrido ataques de todos os lados. Há muito que se fala na instituição familiar como um "empreendimento falido". Mas será verdade? Talvez ela já esteja num período em que possa ser considerada pré-falimentar, quase pedindo concordata. Se observamos as famílias modernas, perceberemos que para a maioria das pessoas não há como não aceitar a tese de que a família é um empreendimento falido. As famílias começam e terminam mais rápido atualmente do que o tempo que as pessoas levavam para mudar de carro ou de casa. Mas nem tudo são más notícias, apesar da ameaçadora avalanche de ataques visando a desintegração familiar [crises, desencantos e desilusões nos casamentos, divórcios, crianças abandonadas, filhos irreverentes e indiferentes aos pais, brigas constantes]: há alguém profundamente interessado no bem estar familiar. Inclusive no bem estar da sua família. Foi ele quem criou a família, e quer mantê-la firme como um testemunho da harmonia que deve haver entre seus filhos. Mas como fazer para que cada lar cristão subverta esta ordem nefasta de destruição do lar e mantê-lo como um exemplo vivo dos propósitos e objetivos de Deus? Primeiro, quero apresentar uma lista de coisas que não serão determinantes para o bem estar de sua família: i. Realizações financeiras. O dinheiro não é garantia de um lar feliz. Muitas vezes ele se torna um empecilho, a busca por tê-lo cada vez mais pode afastar as pessoas, ao invés de uni-las; ii. Realizações profissionais. O sucesso na carreira muitas vezes gera a ausência de um dos cônjuges [ou dos dois] no lar. A interação do casal e a educação dos filhos fica comprometida; iii. Realizações sociais: Fama e reconhecimento social alimentam o ego, mas podem trazer compromissos que exigirão que os membros da família abdiquem de algumas coisas que são importantes; iv. Programações televisivas: A TV, por mais atrativa que seja, não oferece, de um modo geral, orientação segura para as famílias; v. Orientações de sociólogos, pedagogos e outros estudiosos: A sabedoria do homem não conduz à glória de Deus.

TIPOS FAMILIARES MODERNOS

Não somos alienados e percebemos facilmente que a estrutura das famílias modernas tem sofrido mudanças radicais nos últimos anos, especialmente após a II Guerra Mundial. A vida começou a ficar demasiadamente agitada, muitos compromissos e correria [trabalho secular, escola, faculdade, compromissos sociais e pessoais – cabeleireiro, futebol; até mesmo compromissos eclesiásticos contribuem para o afastamento dos membros entre si. Alguns lares assumem uma destas características: i. Há famílias que são como um hotel, onde as pessoas se encontram ocasionalmente, au passant, apenas para comer e dormir; ii. Há famílias que se tornaram como um posto de gasolina, onde não se quer encontrar ninguém, mas apenas abastecer para ficar mais um tempo fora; iii. Há famílias que são como um campo de batalha, onde todos os encontros acabam se tornando em brigas.

A FAMÍLIA COMO UM PROJETO ESPIRITUAL

O grande problema que caracteriza a família hoje é que ela, para muitos, deixou de ser um projeto espiritual. Ela se tornou uma entidade meramente social. A família para sua estabilidade necessita urgentemente de uma base espiritual. As bases sociais e econômicas podem construir casas modernas, confortáveis e funcionais, mas dificilmente produzirão lares felizes, estáveis e espiritualmente saudáveis. Desde que a família é um projeto divino [Mt 19.6]. A família nasceu no coração e na mente do Deus que não muda [Tg 1.17]. A família não é um acidente histórico ou um mero arranjo ou uma necessidade social. A família é idéia de Deus – e Deus é espírito.

DEUS NA FAMÍLIA – O LUGAR DE SUA PALAVRA

As famílias tem sido construídas sem levar em conta algo que é fundamental, essencial, como o cimento que usamos para construir casas. Ninguém em sã consciência constrói uma casa seu utilizar uma liga adequada. Uma casa de tijolos precisa tê-los unidos por cimento. No caso da família Deus é o vínculo entre os cônjuges. E Deus se faz presente e atua abençoadoramente em famílias que levam em consideração a sua vontade em toda e qualquer situação – veja que as bênçãos materiais são decorrentes de "ouvir a voz de Deus atentamente, guardando os seus mandamentos" [Dt 28 1-6]. Uma casa edificada sobre a rocha que é Jesus e sua Palavra resiste às intempéries – por mais violentas que sejam, como os ataques que a família está sofrendo ultimamente [Mt 7.24-25]. Isto torna a família mais que uma extensão da Igreja – mas uma extensão do reino de Deus [Lc 17.21].

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