Amapá, Tocantins, Maranhão, Ceará, Pará… Alagoas. De novo, Alagoas. Com mais um dos neoamigos do Lula, Fernando Collor. Ele mesmo. Sua candidatura ao goaverno de Alagoas pelo PTB está sendo questionada pelo MPE por “abuso de poder econômico” e “utilização indevida de meios de comunicação social”, por causa de uma pesquisa de intenção de votos fraudada a seu favor. Na última sexta-feira, o MPE enviou uma ação de investigação judicial ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo que o registro de candidatura de Collor seja cassado e que ele se torne inelegível por oito anos.
O motivo da ação é a diferença entre uma pesquisa feita pelo instituto Gazeta Pesquisa (Gape) e encomendada pelo jornal Gazeta de Alagoas – ambos pertencentes ao grupo do qual Collor é sócio cotista – e uma sondagem do Ibope. Ambas foram divulgadas no dia 24 de agosto. Na primeira, o ex-presidente estava à frente, com 38% das intenções de voto, enquanto Ronaldo Lessa (PDT) tinha 23% e Teotonio Vilela (PSDB), 16%. Na sondagem do Ibope, porém, Lessa estava em primeiro, com 29% dos votos, contra 28% de Collor e 24% de Vilela. O ministério público resolveu analisar todos os formulários utilizados nas pesquisas e constatou a fraude. De acordo com o órgão, o instituto de pesquisa modificou a amostragem necessária para o levantamento, inflando o número de eleitores com renda de até um salário mínimo – público com que Collor tem maior vantagem.
O MPE comparou o número de moradores de baixa renda nos municípios alagoanos apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o utilizado pelo Gape. Em alguns casos, os dados considerados pela sondagem chegaram a ser 500% maiores que o realmente constatado pelo IBGE. Para a ação, o órgão também considerou que o jornal Gazeta de Alagoas deturpou os dados de outra pesquisa em suas reportagens, indicando empate técnico somente entre Collor e Lessa, quando Vilela também estava empatado.
“Numa eleição em que, segundo o Ibope, há três candidatos tecnicamente empatados, qualquer impacto pode ser decisivo. Ademais, além de influenciar o eleitorado, as pesquisas geram forte repercussão no financiamento das campanhas. Os financiadores tendem, por óbvio, a buscar os candidatos com maiores probabilidade de sucesso”, argumenta o procurador regional eleitoral Rodrigo Tenório, ao justificar o pedido de cassação do registro de Collor e seu vice, Galba Novais. O TRE de Alagoas ainda não analisou a ação.
É só mais um dos amigos da Dilma… Brasil, pra onde você vai. Alagoas…
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