quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MÃE DO PAC: “P”AGUE “A”GORA A “C”OMISSÃO

A íntegra está na Folha de São Paulo, em reportagem de Rubens Valente, Fernanda Odilla e Andreza Matais.

Antes, porém, uma pequena digressão:

P8250085A Casa Civil, segundo mais importante posto do executivo federal [tem mais importância prática até mesmo que a vice-presidência] tem sido ocupada, sucessivamente, por José Dirceu, Dilma Roussef e Erenice Guerra. Não há nenhum deles que não esteja envolvido em escândalos de corrupção e uso da máquina pública para favorecer seu partido, amigos ou familiares. Vou citar alguns exemplos: José Dirceu [chefe dos quadrilheiros do mensalão]. Dilma Roussef [dossiê contra Ruth-FHC] e Erenice Guerra [proteção aos Sarney em investigação da Receita Federal e tráfico de influência através de seu filho, irmãos e sobrinho]. Agora, veja essa:

A EDRB, empresa de Campinas, confirma documentalmente a existência de um lobby [intermediação de favores, tráfico de influência mediante pagamento de vultosas quantias] dentro da Casa Civil da Presidência da República. O operador da quadrilha GUERRA seria Israel Guerra, filho da ministra Erenice Guerra, que cobra dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES. Projeto de instalação de central de energia solar no nordeste da EDRB estava parado desde 2002 até que foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurarem a intermediaçã ode uma empresa particular, a Capital Consultoria, através do qual conseguiram o que lhes era barrado: entrevistas com Erenice Guerra [era secretária-executiva da hoje candidata Dilma Roussef]. Depois disso, Israel Guerra, através de reuniões, e-mails e telefonemas, informa à EDRB que o BNDES liberaria financiamento de R$ 9 bilhões [o PT sempre mexe com milhões e bilhões], desde que a Capital recebesse 6 parcelas de R$ 40.000, e mais uma comissão de 5% sobre o valor do empréstimo. Total da facada: R$ 450 milhões de comissão e R$ 240 mil de taxa de intermediação. E para a campanha da Dilma deveria ser feita, por fora, um repasse de R$ 5 milhões [para saldar dívidas emergenciais]. Rubnei Quícoli, consultor da EDRB, afirma que negou-se a pagar a propina e Israel Guerra engavetou novamente o projeto. Quícoli encaminhou à Folha documentos e cópias de e-mails que corroboram as afirmações, inclusive a minuta de um contrato com a capital que indica como procurador o empresário Adriano da Silva Costa.

Erenice nega [eles sempre negam] ter participado da reunião com a EDRB, mas ela própria indicou em que empresa governamental o projeto deveria ser incluído [CHESF]. Em 29 de março o BNDES rejeitou o pedido de empréstimo, mas logo depois a empresa foi procurada por Marco Antônio Oliveira que afirmou que “O Israel, filho da Erenice, bloqueou a operação porque você não deu o dinheiro”. Em seguida prosseguiu afirnado que a “questão com o BNDES poderia ser resolvida se a EDRB pagasse R$ 5 milhões para saldar despesas de campanha de Dilma [Diz Quícoli: “Ele falou que precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha. Que tinha que ser uma coisa por fora para apagar um incêndio”], orientando a emissão de notas em nome da Sinergy, consultoria brasiliense, cujo dono é Adriano, o mesmo procurador da Capital, empresa que pertence ao filho de Erenice Guerra.

MAIS UMA PALAVRA

Este é só um caso novo. Tem mais na ANAC, no Ministério das Minas e Energia. Basta consultar a imprensa. O que não falta é falcatrua envolvendo os larápios petistas. Muita gente tem comparado a encrenca de Erenice Guerra com a de Waldomiro Diniz, que era o braço-direito de José Dirceu na Casa Civil, que foi obrigado a pular fora depois que foi revelada uma gravação sua extorquindo dinheiro para a campanha eleitoral de 2002. Ambos são casos escandalosos. Mas o caso da ex-braço-direito de Dilma tem um agravante: a traquinagem de Waldomiro foi feita em 2002, antes, portanto, de Dirceu se tornar o chefão da Casa Civil e de sua quadrilha de mensaleiros; o lobby do filho de Erenice – com sua anuência – foi feito já com ela [e sua família de guerra] instalada na Casa Civil, na ANAC, na INFRAERO, no ministério das Minas e Energia…

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