Já entregou seu caminho ao Senhor? Já recebeu a nova vida?
Quais as evidências? Não nos esqueçamos das palavras do apóstolo Paulo: todos
aqueles que ouvirem o evangelho precisam se arrepender, isto é, se
entristecerem, sentirem pesar e se deixarem inclinar no sentido de corrigir o
mal praticado; precisam também se converter a Deus – é inútil se converter a
uma mera religiosidade, na verdade, em muitos casos a conversão é justamente
para sair da mera religiosidade.
Se converter é abandonar os maus caminhos e se voltarem para
Deus; e, então, convertido ao Senhor, o pecador passa a desejar e a sentir prazer
na prática das boas obras que o Senhor preparou, de antemão, para que os
crentes andassem nelas. Que fique claro, ninguém é salvo porque anda ou andou
em boas obras – é feito crente para andar em boas obras, caminho já previamente
preparado pelo Senhor (Ef 2:10).
A convocação feita é para que quem entra na Igreja o adore,
mas que quem saia o faça expressando alegremente sua fé no salvador e seu
conhecimento das suas virtudes (I Pe 2:9) a um mundo que está em
trevas e servindo ao maligno (I Jo 5:19).
A esperança do cristão é ver a manifestação da plenitude de
Cristo (Cl 1:). A pergunta é: como
Cristo se manifesta em você? Vamos ser um pouco mais incisivos: Cristo tem
mesmo se manifestado em você? Quais as evidências de que você já conhece a
riqueza da glória de Cristo, se é que você já conhece a riqueza da glória de
Cristo (Cl 1:23)?
4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se
manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza
terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza,
que é idolatria; 6 por
estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].
7 Ora, nessas mesmas coisas andastes vós
também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
8 Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo
isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
9 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos
despistes do velho homem com os seus feitos 10 e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou; 11 no qual
não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita,
escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.
Cl 3.5-11
Conhecer
a Cristo significa ver manifestar em si uma nova vida. Paulo afirma que a
essência da fé é a vida de Cristo substituir a morte que outrora tomava conta
do homem sem Deus. O cristão é, antes de tudo, alguém que nasceu de novo (I Pe 1.23); é alguém que tem recebido
um novo princípio de vida (Gl 2.20); é alguém que parte da infância (I Pe 2.2) até atingir a maturidade
espiritual (Ef 4.13). Neste processo esse alguém tem que ir deixando as
coisas de criança para agir com a sobriedade que é própria de um adulto (I Co 13.11).
O nosso ponto de investigação é: como você pode ver, ou como
outros podem ver de maneira prática, se a nova vida, a vida de Cristo e em
Cristo, tem sido manifesta em você?
É
verdade que a fé é uma coisa intrínseca, pessoal, interna (Rm 10.9). Não existe nenhum meio de
saber a quantidade de fé que alguém possui, todavia, é impossível existir a fé
sem que esta se manifeste, embora a iniquidade possa ser disfarçada através da
hipocrisia (e esta é a essência das obras de satanás, isto é, ele tenta fazer
com que o falso pareça verdadeiro) a verdadeira fé não pode ser ocultada (Mt 5.14).
Tiago
afirma que a fé pode ser conhecida por intermédio daquilo que fazemos – os
homens podem ver a fé dos cristãos à medida em que estes agem como espelhos da
graça de Cristo (Tg 2.17-18) e os
homens espirituais demonstram a sua espiritualidade produzindo frutos de
justiça (Mt
7.20) – é
impossível alguém ser habitação do Espírito sem produzir o fruto da morada
deste mesmo Espírito (Gl 5:22-23).
Talvez
eu esteja sendo repetitivo, mas, eu tenho que perguntar ao menos mais uma vez:
a vida de Cristo, no Espírito, tem se manifestado em você? Como? O que a Escritura
diz a este respeito? O que a carta de Paulo diz aos colossenses, àqueles que
eram escravos, àqueles pertenciam a um império de trevas e foram libertos por
Cristo, o libertador inigualável? Nosso ponto de partida é que Cristo vai se
manifestar, e quem estiver nele, quem tiver a vida dele, vai se manifestar –
como nós podemos ver evidências desta manifestação naqueles que dizem já ter a
vida de Cristo?
Para você viver a
nova vida em Cristo é absolutamente necessário que você faça morrer a velha
natureza. Paulo nos diz para fazer morrer ou deixar necrosar, isto é, nada
fazer para manter viva o que já está morrendo – a natureza terrena, inclinada
para as coisas da terra, para as coisas mundanas. Sabemos que esta natureza
carnal luta contra a nova natureza, contra a formação de uma nova inclinação,
de novos hábitos. Os velhos hábitos ainda estão presentes mesmo naquele que foi
resgatado por Cristo da escravidão ao diabo – e eles não querem perder seu
lugar, não querem perder seus escravos. A natureza carnal ainda te quer como um
escravo, como um autômato a desobedecer a Deus (Gl 5.17).
Paulo não fala de
uma natureza terrena generalizada – quando ele fala de si, ela não fala
hipoteticamente ou de um homem genérico (Rm
7:19-20). Da mesma maneira que a carne era um problema para Paulo, também é
um problema para nós. E da mesma maneira que mortificar a carne era um dever
para Paulo, também é um dever para nós. É impossível alguém viver
espiritualmente se não fizer mortificar, isto é, se não parar de alimentar e
passar a combater e fazer perecer os apetites carnais porque elas fazem guerra
contra a alma (I Pe 2:11). Para que
não digamos que não sabemos que paixões são essas, Paulo nos dá uma pequena
lista, embora haja outras até mais extensas na bíblia:
i.
Prostituição – a impureza sexual, a pornografia, a
entrega do que é de Cristo para fins ilícitos (I Co 6:15);
ii.
Impureza – a vida luxuriosa, um estilo de vida caracterizado pela ausência de
santidade, de desconsideração para com a exortação do Senhor de que seu povo
deve ser santo (Lv 20:7);
iii.
Paixão
lasciva – sentimentos sexuais impuros, descontrolados, que
leva a ações irracionais, como o homossexualismo (Rm 1.26);
iv.
Desejo maligno – interesse e vontade de possuir ou
praticar algo proibido, algo que não deve ser, uma coisa que é intrinsecamente
errada e má, como poderíamos classificar a necrofilia, a pedofilia;
v.
Avareza, que Paulo classifica como idolatria. Ele não diz que é semelhante à
idolatria, mas que é uma forma de idolatria, isto é, qualquer coisa que é
colocada no coração, onde somente Deus deveria estar (Mt 6:24). O cobiçoso nunca fica satisfeito, sempre quer mais – e
não consegue satisfação nem mesmo em Deus, o que é algo bem estranho para se
encontrar em um crente que deve pensar nas coisas do alto (Cl 3:2).
Para você viver a
nova vida em Cristo é absolutamente necessário que você faça morrer a velha
natureza e que você se lembre que a natureza terrena, a carnalidade, é alvo da
ira de Deus. Após dar uma lista resumida das obras más que podem ser praticadas
pela natureza carnal, motivadas por um coração corrupto (Jr 17:9) Paulo diz que estas coisas não apenas não podem herdar o
reino de Deus como, pior ainda, sobre estas coisas Deus estabelece a sua
indignação punitiva. O escritor aos hebreus adverte estar sob a ira de Deus é
uma coisa terrível (Hb 10.31).
Mas não é nosso
propósito fazer nenhuma espécie de terrorismo espiritual – todavia, é minha
obrigação advertir você, pois a Palavra de Deus afirma que Deus não deixará de
cumprir a sua Palavra, tanto para bênção quanto para condenação. E sobre
aqueles que preferirem ser filhos de belial, vivendo na vaidade de seus
próprios pensamentos (Ef 4:17) ao
invés de serem tornados seus filhos e alvos do seu amor redentor (Rm 5:8). A ira de Deus vem apenas sobre
os filhos da desobediência. Esqueça a tolologia que afirma que você pode parar
de sofrer agora se você passar a ir a alguma Igreja. Acreditar que a ira de
Deus se expressa em uma dor de cabeça ou na perda de uma função é não ter a
menor ideia do real significado da desobediência à vontade de Deus. Por causa
da desobediência, mesmo que bem intencionada, Saul foi rejeitado como rei de
Israel (I Sm 15:23).
Alguns dizem: “Ah,
mas eu estou na Igreja, eu congrego, eu ajudo, eu...”. Os fariseus também. Eles
também iam ao templo, também ofertavam, também faziam sacrifícios... os
fariseus tinham um padrão de justiça sob quaisquer critérios muito mais elevado
do que o que mesmo a Igreja mais conservadora possui. Às vezes insistimos
afirmando que “eles”, “os outros”, “os que estão no mundo” e outros termos
semelhantes são os alvos da ira de Deus. Mas Paulo tinha uma expressão para
definir a solidariedade da raça humana, isto é, o fato de todos estarem
exatamente na mesma situação (Rm 11:32).
Antes que nós ousemos começar a olhar para o outro, o chamado das Escrituras é
para que nós olhemos para nós mesmos. Aos colossenses Paulo fala dos filhos da
desobediência e acrescenta: os que agora creem também praticavam as mesmas
coisas.
A questão é que
estas coisas deveriam fazer parte do passado do crente – as obras infrutíferas
das trevas (Ef 5:11) deveriam ter
ficado no passado e serem objeto de reprovação por parte dos filhos de Deus.
Mas é isto o que tem acontecido? Sob o argumento de pertencerem à cultura crentes
tem aderido ao pecado – não o reprovam, o praticam e até o divulgam. Mas não é
cultura? Não nos deixemos enganar. A cultura é formada pelas inclinações do
coração do homem – e por isso está indelevelmente contaminada pelo pecado. Mas
a cultura nunca define o que é pecado – o máximo a que ela pode chegar é
afirmar o que é socialmente aceito. É Deus quem define, nas Escrituras, o que é
pecado.
A vontade de Deus é
que o novo homem, nascido segundo Deus, nascido pela ação do Espírito em Cristo
Jesus viva em novidade de vida. Como? A resposta é: fazendo morrer o velho
homem, mortificando-o, retirando dele o seu vigor. Paulo usa uma linguagem
militar ao falar de despojamento – que era o que se fazia com um soldado
derrotado, tirando-lhes as armas, colete, capacete e tudo o mais. Mas não era
apenas retirar-lhe seus apetrechos – ia além disso, tratava-se também de
impedir o acesso, colocando fora do alcance, o mais longe possível.
O que Paulo está
dizendo é que as práticas do velho homem devem ser colocadas para bem longe do
novo homem. Não apenas algumas – mas todas. Na linguagem de Paulo cada uma
delas deve ser rejeitada, todas e cada uma delas deve ser lançada para longe.
Além da pequena lista que Paulo já mencionara, ele nos dá mais algumas coisas
que devem ser objeto desta mortificação, deste despojamento:
i.
Ira –
sentimento que busca a destruição do próximo, em flagrante contradição com o
mandamento do Senhor de amar ao próximo (Jo
15:12);
ii.
Indignação
– sentimento de revolta descontrolada contra algo ou alguém – as paixões são
exatamente o contrário do fruto do Espírito, que inclui o domínio próprio (Pv 16:32);
iii.
Maldade
– ação deliberada para ferir ou prejudicar o próximo, contrário à bondade que é
fruto do Espírito, expressão da formação do caráter de Deus no convertido (Rm 15:2);
iv.
Maledicência
– maneira de falar que produz frutos maus ou que machuca aquele que ouve ou
alguém de quem se fala. Ao invés de usar o dom da fala para abençoar, usa-se
para trazer males;
v.
Linguagem
obscena – uso de palavras de baixo nível, maneira suja de falar que sai de
lábios que deveriam apenas confessar o Senhor Jesus como seu Senhor e salvador.
Jesus diz que o que sai do coração do homem é que o contamina (Mc 7.20);
vi.
Mentira
– o abandono da verdade (e Jesus é a
verdade), falar falsidade de maneira deliberada para alguém ou sobre algo para
evitar algum dissabor, se beneficiar ou para prejudicar-se mutuamente.
Estas coisas se
tornam pesos que atrapalham a carreira proposta. A Palavra chama os crentes a
se desembaraçar de todo o peso e do pecado que tenazmente os assedia (Hb 12:1). Estas coisas tem que ser
abandonadas porque quem nasceu de novo se despiu, já se despojou, já não
pertence mais à antiga natureza com seus feitos, com aquelas realizações que,
por vergonhosas que são, nem deveriam ser mencionadas, quanto mais praticadas (II Co 4:2). Para fazer a velha natureza
morrer você precisa se despojar dela, precisa jogar para longe aquilo que não
deve sequer ser mencionado.
É suficiente não
fazer o mal? A resposta da bíblia é não. Não basta não fazer o mal, não basta
deixar de fazer o mal, é preciso, também, praticar o que é bom. O Senhor
ordenou que façamos o que é certo. O arrependimento traz o abandono das más
obras para a prática do bem (Ef 4:28),
que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas (Ef 2:10). Se arrependimento leva a abandonar as más obras, a
conversão leva a prática de obras dignas de arrependimento (At 26:20).
Assim como é
necessário fazer morrer a natureza terrena, despojando-se da carnalidade,
também é necessário revestir-se do novo homem, para que ele viesse a ser na
prática aquilo que ele já fora judicialmente declarado ser em Cristo Jesus. O
verbo (particípio presente passivo) indica que este revestimento é uma
realidade constante, contínua e que vem de cima, de modo que a imagem do filho
vai sendo formada continuamente pelo conhecimento cada vez mais íntimo do seu
Senhor e salvador. Paulo chama este conhecimento de “pleno” que não tem o
sentido de saber tudo, mas de ser correto, preciso, verdadeiro. É um
conhecimento que vem da experiência, de andar com Cristo e segundo Cristo, que
molda a maneira de compreender as coisas (Cl
2:8) e, também, de sentir (Rm 15:5).
Assim como Deus
encerrou todos os homens, de todos os lugares da terra, na mesma condenação por
causa de sua desobediência, assim também, ao serem refeitos, todos são
colocados numa mesma relação com Deus – pelo conhecimento do redentor aqueles
que viviam sem Deus no mundo e estranhos às promessas da aliança (Ef 2:12) agora todos são colocados em
uma mesma relação entre si e com Deus.
Se todos pecaram,
se todos careciam da glória de Deus (Rm
3:23), todos foram chamados ao mesmo arrependimento por causa do grande
amor com que Deus os amou (Ef 2:4-5)
e todos foram chamados para a mesma obediência (I Pe 1:2 - eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus
Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas) através das obras que o Senhor
preparou para seu povo (Ef 2:10).
Assim, não há distinção sobre o que o Senhor exige de cada um de nós. Não
importa a origem étnica, social ou sexual – a exigência é a mesma, porque o
Espírito é o mesmo – e aquele que o salvou é o mesmo salvador inigualável que
Paulo apresenta no começo da carta.
Que garantia nós podemos ter desta nova vida? A resposta é
simples: quem está em Cristo sabe que foi feito nova criatura (II Co 5:17) e não lhe resta alternativa
senão andar com Cristo, viver a vida de Cristo (Gl 2:20) porque tem um novo princípio de vida e sabe que seu Senhor
não o abandona, mas está com ele todo o tempo, até a consumação do século (Mt 28:20).
Este novo homem foi
refeito, recriado à imagem de Cristo. E se nos perguntarmos, então, o que
esperar deste novo homem – a resposta só pode ser: que ele viva segundo aquele
que o recriou, que ele viva em novidade de vida, que viva para glorificar o seu
Senhor com a nova vida que recebeu. Paulo faz um apanhado das principais
divisões étnicas, religiosas, culturais e sociais de seu tempo para dizer uma
verdade que nenhum daqueles grupos partilhava. Era uma verdade nova e revolucionária,
a mensagem que não há distinção nenhuma à partir do momento em que qualquer
membro destes grupos se encontram em Cristo. Cristo é tudo – em todos. O que
faltava ao grego e ao judeu é suprido – a justiça de Cristo. O que faltava ao
circunciso e ao incircunciso é cumprido – a circuncisão do coração segundo
Cristo. O que faltava aos bárbaros em termos de cultura é resolvido pelo
conhecimento de Cristo e todos são libertos em Cristo Jesus.
Não é por
nascimento que você poderá se despojar do velho homem e suas práticas e se
revestir do novo homem. Deixe eu ir um pouco mais além – sua religiosidade não
fará de você um novo homem, não este novo segundo Cristo. Sua cultura não te
dará o conhecimento de Deus que conduz à salvação – isso só o Espírito Santo
pode dar. Nem todas as escolhas que você poderia fazer ao longo da vida farão
de você alguém verdadeiramente livre se não for liberto pela verdade de Deus,
Cristo (Jo 8:32).
A nossa pergunta
inicial era como pode alguém que creu em Cristo, como Cornélio dar evidências
desta sua nova fé? Paulo faz uma série de admoestações que exigem renúncia aos
desejos da própria carne (Rm 7:18).
A guerra está declarada – e o campo de batalha é sua vida. Mas você não foi
largado sozinho. Seu libertador está presente, te sustentando e capacitando.
Quando você perceber que não consegue vencer sozinho, você clama ao seu Senhor
– porque a sua vitória está nele (Rm
7:24) e ele responde com graça (Rm
7:25). O que você deve fazer?
Confiar em Cristo. Negar-se a atender os reclamos da carne, porque, ainda que a
carne realmente seja fraca, isto é, a resistência ao pecado é limitada, pecado
é veneno e não vitamina para a carne. O que sua alma precisa é do auxílio do
Espírito Santo – e este Deus dá liberalmente (Rm 8:15).
E AGORA, O QUE O NOVO HOMEM DEVE
FAZER
Há algo que não
deve ser esquecido – não é o braço do homem, não é a vontade do homem que faz o
novo homem. É verdade que o Senhor renova a mente (I Co 2:16), o que tem reflexo imediato na disposição para pensar e
agir diferente do que anteriormente era o padrão (Rm 12:2) e dá um novo coração e um novo espírito àqueles a quem ele
transforma por sua graça (Ez 11:19)
mas não somos nós quem produzimos. Não importa o quanto leias a bíblia, nem o
quanto ore, nem quanto contribua. Não importa se jejue uma ou duas vezes por
semana. Não importa o quanto você vá à Igreja e o tato que você trabalhe nela –
se você não nasceu de novo e o novo homem não pode ser visto no seu viver então
tudo não passa ativismo.
Como o novo homem
pode ser visto, então? Pelo abandono das más obras, pela rejeição das obras da
carne, pela entrega total e pessoal, devocional e espiritual ao Senhor – e,
acima de tudo, com a certeza de que o velho homem tem que ser deixado para trás
e, embora sem ter, ainda, atingido a perfeição, prosseguir sempre para o alvo da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Esta é a minha experiência – e esta é
a experiência de todo aquele que nasceu de novo (Fp 3:12-14).