O glamour da Sapucaí ou Anhembi [é lá mesmo?] chama a atenção do mundo inteiro. Turistas gastam milhares de dólares para participarem deste evento. O poder público gasta alguns milhões de reais para manter a indústria carnavalesca. Para mim pouco importa quem tenha ganho ou perdido o desfile em São Paulo ou Rio de Janeiro.
Roupas cheias de brilhos, plumas… muita festa, muita alegria, muitas cores e muitas luzes. Sem dúvida é mesmo um dos maiores espetáculos do mundo. Mas isto esconde outro carnaval que não aparece na mídia, que não chama a atenção nem atrai turistas. Veja esta foto:
Ela retrata tão somente a sobra do carnaval jacundaense. Quarta-feira, à tarde. Avenida Cristo Rei… bêbado, tomando, ainda, cachaça, fumando um cigarro e com a expressão perdida, como se não soubesse que o carnaval já havia acabado. Aliás, provavelmente não sabia mais nada… Isto não vai ser mostrado na Rede Globo, nem na Record [a menos que seja para explorar na mídia a espetacularização da miséria alheia]. Nenhum deles vai abordar quantos lares destruídos, quantas jovens que, ébrias ou sóbrias, mas certamente desregradas, se entregaram ao primeiro que apareceu… quantos jovens embriagados, drogados, largados… Nenhum vai lembrar dos inúmeros adultérios, consequentes ou inconsequentes, aconteceram neste período. Festa em que vale tudo – inclusive a destruição de vidas…
É, carnaval é isso. Do jeito que o diabo gosta.
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