sexta-feira, 11 de março de 2011

COMO REAGIR À ORIENTAÇÃO DE DEUS

0000021Jr 43.1-13

Jeremias é conhecido como o “profeta chorão” por causa do seu segundo livro, chamado de Lamentações. Mas não é o lamento que torna Jeremias um homem diferente dos demais do seu tempo - e nem do nosso tempo. O que faz dele, e de outros, homens diferenciados é o fato de ouvirem e transmitirem o que Deus lhes deu para passarem adiante. Agradável ou não, eles não deixavam de transmitir a mensagem que Deus lhes dera. E nem sempre a mensagem que entregavam tinha a recepção que deveria ter por parte do povo que, apesar de tudo, era o povo de Deus. Nesta passagem vamos encontrar alguns fatos que merecem destaque:

1. Jeremias entrega a mensagem que Deus lhe dera [1]: Ele era um profeta, a boca de Deus, e, portanto, só deveria falar o que estava no coração de Deus. Ele falou ao povo todas as palavras do Senhor. Jeremias não pecou nem por omissão nem por acréscimo [Dt 12.32].

Aplicação: Como servos de Deus não temos o direito de adulterar a sua mensagem. Nem para poupar nem para coagir as pessoas. Elas têm o direito de tomar suas decisões mais importantes podendo levar em conta todo o conselho de Deus.

O povo de Deus reagiu de diferentes maneiras, mas todas elas erradas:

2. Soberba [2]: Embora Joanã e Azarias sejam citados nominalmente, eles são apenas os cabeças de um povo, que, justamente, representam, aqui chamados de “todos os homens soberbos”. Eram homens arrogantes, presunçosos, insolentes. Homens em cujo coração inexistia a disposição para ouvir algo que não fosse os desejos do seu próprio coração corrupto [Jr 17.9]. Homens que temiam a um único Deus: seu próprio ventre [Fp 3.19].

Aplicação: O coração do homem não mudou: ele continua soberbo. O homem continua rejeitando a palavra de Deus para seguir seu próprio interesse.

3. Considera mentira o que é verdade, e considerar verdadeira a mentira [2]: Como no paraíso, quando Eva acreditou que a verdade de Deus era mentira, e preferiu acreditar na mentira de Satanás, o coração do homem continua igualmente propenso à mentira [Rm 1.25]. Os judeus contemporâneos de Jeremias deram ouvidos àqueles que chamavam Deus de mentiroso, apesar das muitas profecias a respeito do cativeiro que viria, havia uma proibição clara quanto ao retorno do Egito.

Aplicação: Hoje as pessoas costumam dizer que a bíblia nada mais é que um papel que tudo aceita. A verdade é que o papel realmente aceita tudo, inclusive a verdade. E, quer aceitemos ou não, a bíblia é a verdade de Deus. Ela não se torna verdadeira quando crida. Ela é verdade, mesmo para quem não crê.

4. Tenta desqualificar a origem da mensagem [3]: Além da soberba e da clara preferência pela mentira, Joanã, Azarias e os demais homens soberbos precisavam manter o povo sob controle, e lhes seria difícil fazer isso se o povo acreditasse que o que Jeremias falava tinha vindo de Deus. Então, acusaram-no de ser um mero porta-voz da vontade de homens, no caso, Baruque. Esta situação se repetiria mais tarde quando os religiosos não quiseram dar ouvidos ao próprio autor da palavra, Jesus [Mc 11.27-33].

Aplicação: Para não fitar os olhos em Deus, e assim não atenderem à sua mensagem, os homens preferem desqualificar os mensageiros de Deus. Fizeram isso com os profetas, com os apóstolos, mas também fizeram isso com o próprio Senhor Jesus [Mt 13.53-56], considerando-o um simples galileu, como muitos fanáticos de seu tempo [Jo 7.52]. Hoje desconsideram o pregador para poderem desconsiderar a mensagem pregada. O erro se repete.

5. Desobedece a ordem de Deus [4]: Apesar da ordem direta de Deus para que o povo permanecesse na terra, o povo prefere o caminho do Egito. A rebeldia incitada por dois homens, seguida por homens de coração soberbo contamina todo o povo, e o resultado é que, ao invés de serem abençoados com a necessária disciplina de Deus, tentam fugir e sofrem a disciplina de Deus levando a maldição sobre a terra do Egito. Foram nada mais que mera massa de manobra nas mãos de homens que queriam defender apenas seus próprios interesses. Os caldeus eram ímpios, cruéis, e o que os judeus mais temiam era a morte ou o exílio, prática comum dos caldeus. Mas eles eram instrumentos de Deus, e o povo realmente merecia.

Aplicação: Não há lugar para onde fugir da presença do Senhor [Sl 139.7]. Não há lugar longe demais, alto demais, profundo demais que nos torne inalcançáveis quando o Senhor quer tratar conosco. Jonas aprendeu [Jn 2.6] esta importante lição, Jesus disse isso a Natanael [Jo 1.48-50]. Fugir não garante livramento da mão do Senhor.

Conclusão: Não há nada melhor para o povo de Deus do que ouvir a voz do Senhor. Ele nos orienta onde ficar e do que realmente nos alimentar [Sl 37.3], obedecendo à sua palavra, mesmo quando nosso coração pecaminoso não gosta do que Deus lhe ordena [Sl 37.4] e, assim, entregando seus caminhos sob a orientação do Senhor, mesmo quando este caminho parece ruim, ainda assim é o caminho de Deus é sempre o melhor caminho [Sl 37.5].

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