quinta-feira, 24 de março de 2011

CONSEQUÊNCIAS DA NEGAÇÃO EM OUVIR A VOZ DE DEUS

0000021Sl 81.11-16

Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos. Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.

A palavra “ouvir” nas Escrituras tem, muitas vezes, um significado muito mais profundo do que meramente interpretar e compreender os sons que chegam aos ouvidos. Tem também o sentido de “atender”, “obedecer”... O salmista traz um candente convite de Deus para que o seu povo não se rebele ao convite tantas vezes feito, tantas vezes rejeitado.

1. É um povo teimoso: Inúmeras vezes Israel é chamado de povo de dura cerviz [Ex 32.9; Dt 10.16]. Como em Massá, ou em Meribá, ou em tantos outros eventos ao longo de sua história, Israel precisa ser constantemente chamado ao arrependimento, retornando à aliança que aceitaram na saída do Egito. O novo Israel, a Igreja cristã, não é em nada diferente. Ainda é rebelde, ainda tem a cerviz dura. Ainda se recusa a ouvir a voz de Deus - mesmo que com os lábios diga estar disposto a obedecer [Mt 15.8].

2. É um povo que sofre provações: Possuir inimigos não é uma novidade na historia do povo de Deus. Ser odiado não é nenhuma novidade para o crente. A diferença que podemos constatar quando o povo é rebelde é que falta poder para enfrentar as provações [Is 1.20]. Muitos cristãos foram perseguidos, muitos morreram, e entraram para a galeria dos heróis da fé. Todo cristão deve estar preparado para enfrentar o ódio do mundo [Jo 15.19] mas, se ouve a Deus, terá ânimo e poder para enfrenta-los e vencê-los [Jo 16.33] com as armas da fé [II Co 10.4].

3. É um povo que passa privações: Ao estabelecer a aliança com Israel Deus deixou claro que sua prosperidade estaria condicionada à obediência à aliança. Através do profeta Isaías Deus lhes lembra que se forem obedientes comerão o melhor da terra [Is 1.19]. Entretanto, a desobediência atrairia as maldições descritas quando a aliança foi estabelecida [Dt 28.45-48]. Entretanto, o desejo do coração de Deus é abençoar ricamente seu povo [Sl 67.6] e transformá-los em divulgadores de sua glória entre as nações.

Precisamos entender que não se trata de uma negociação entre Deus e israel. Pelo contrário. Deus já os tem abençoado, afinal, a posse da terra já era o cumprimento de uma promessa abençoadora da parte de Deus. A aliança estabelecida implicava em mais bênçãos, se obedientes, mas também as maldições da aliança, em caso de desobediência. Deus estava pronto a fazer o povo andar em retos caminhos. Deus estava disposto a dar poder a Israel para subjugar seus adversários [em quaisquer situações a vitória seria dada ao povo de Deus] e Deus lhes satisfaria as necessidades, cumprindo promessas como a que encontramos no Salmo 37.4-5.

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL