Em entrevista ao programa Espaço Aberto, da Globo News, na noite desta quarta-feira (15), os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) discutiram a divisão dos atuais estados em estados menores. Atualmente, há oito projetos no Senado e 18 na Câmara dos Deputados. As justificativas são muitas: descentralização administrativa, estímulo ao crescimento e fortalecimento das regiões. Mas os argumentos contrários também são muitos: privilégios à determinada elite política, aumento das despesas públicas e gastos excessivos da União. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima em R$ 1 bilhão os recursos destinados a cada estado nas áreas de estrutura, infraestrutura, saúde, educação e segurança pública para custear a instalação dos três poderes em cada nova unidade federativa. E as propostas não são poucas, além das propostas para criação de Tapajós e Carajás, no Pará, existem planos para desmembrar Maranhão, Piauí, Minas e Goiás, entre outros. O senador Mozarildo Cavalcanti defende a divisão do Pará e a criação dos estados de Tapajós e Carajás. Aloysio Nunes foi o único parlamentar a se posicionar contra. Na opinião de Aloysio Nunes, o cálculo do Ipea não leva em conta a criatividade das elites políticas em incluir novas despesas para o seu próprio benefício. “É Assembleia Legislativa, com um monte de assessores para cada deputado. É o Governo do Estado, com as suas Secretarias. É um novo Ministério Público. É um novo Poder Judiciário. É uma nova Polícia. Um novo Tribunal de Contas. Isso para manter um Estado em condições normais.”
Pelo menos um político admite que a criação destes estados não passa de artimanha de políticos locais que estão perdendo influência e querem manter seu status…
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