Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criticou nesta terça-feira, 30, a decisão da presidente Dilma Rousseff de mudar o projeto da lei de acesso à informação pública. Atendendo a pedidos dos ex-presidentes José Sarney (PMDB-AP)e Fernando Collor de Mello (PTB-AL), hoje senadores, o novo projeto permitirá que os documentos permaneçam em segredo por tempo indefinido. Houve também lobby do Ministério da Defesa e do Itamaraty para a mudança do projeto. De acordo com nota da OAB, Ophir recebeu a decisão do governo com perplexidade, já que a posição do PT sempre foi a favor da abertura dos arquivos. "Lamento que o recuo de Dilma esteja ocorrendo em razão de pressões pessoais por parte dos ex-presidentes da República José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor de Melo (PTB-AL), que não querem revelar documentos secretos de seus mandatos", disse. Para Ophir, esse recuo do governo, com o sigilo dos arquivos, pode indicar uma manobra para que em um futuro próximo não sejam divulgados os arquivos e documentos das duas gestões de Lula [qual a dúvida, Ophir?]. Segundo o presidente da OAB, a afirmação de Sarney de não reabrir feridas do passado deve ser rechaçada. "A história precisa ser conhecida e não tenho dúvidas de que quem perderá com isso tudo será a cidadania deste país, que terá vetada a possibilidade de acessar a sua história".
NOTA
O PT sempre quis que os arquivos fossem abertos, porque isso lhes daria munição contra seus inimigos políticos. Mas alguém duvida que se forem conhecidos os detalhes dos porões do governo Lula o PT tem alguma chance de sobreviver politicamente? É mais que óbvio que não. O grande problema é que eles não querem que suas ações sejam conhecidas para continuar mentindo ao povo.
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