terça-feira, 14 de junho de 2011

DILMA, LULA, FHC E UMA ESTRATÉGIA

O PSDB comemorou o fato de Dilma elogiar Fernando Henrique como um artífice da nova fase econômica do Brasil. Não era bem isso o que ela dizia durante as eleições presidenciais. Ela também era contra a privatização – e vai privatizar os aeroportos… Depois da intervenção patética de Lula durante a crise do ministro palhoci, evidenciando uma possível inexistência do governo Dilma [Lula ligava para ministros exigindo cumprimento de projetos e promessas de seu governo] e da urgência em escolher ministros sem o carimbo "made in Lula" Dilma tem falado cada vez menos no nome do ex-presidente [dá pra ver as digitais do marqueteiro João Santana], agora Dilma fez o que nunca antisnestepaiz um petista havia feito: elogiar FHC, por ocasião do seu 80 aniversário.

ARMADILHA E ESTRATÉGIA

Na sua estratégia de fazer o que Lula não fez, ou pelo menos "fazer diferente" Dilma afirma que FHC como político que "contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica" no Brasil. Líderes do PSDB ficaram logo assanhados como lambari na sanga: "É uma carta de conteúdo democrático e republicano na qual a presidente, apesar das divergências políticas e partidárias, reconheceu os méritos de Fernando Henrique Cardoso, sua habilidade política e seu êxito no combate à inflação", afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP). Dilma também foi elogiada por Edson Aparecido, vice-presidente nacional do PSDB, a carta é "um fato da maior relevância". "A presidente mostra estatura e dignidade ao reconhecer o papel que Fernando Henrique teve para o Brasil."

E OS ESCORPIÕES

Acho que, antes de comemorar, o PSDB deveria cobrar da Dilma uma retratação sobre as inúmeras calúnias lançadas por ela e seu partido sobre o ex-presidente, ao longo dos últimos 17 anos. E só depois do PT e Dilma provarem que realmente se enganaram a respeito de seu trabalho pensar em algum tipo de exultação. Como disse num post, cuidado com os escorpiões. Mudam a linguagem, mas não a natureza [aqui].

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