terça-feira, 19 de outubro de 2010

DILMA É SÓ UMA CÓPIA PIORADA DE LULA [COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL]

Dilma Rousseff se diz in-dig-na-da com as lambanças na casa Covil. Nada fala de sua responsabilidade, inclusive sobre casos ocorridos enquanto ela era a ministra. Se inicialmente ela chegou a defender Erenice, sua auxiliar direta durante muito tempo, agora sua atitude é diferente. Primeiro afastou-se do caso, silenciando, exatamente como Lula costuma fazer. Depois, orientado pelo próprio Lula, comecou a dizer-se indignada: "As pessoas erram e Erenice errou. Considero a questão de Erenice com muita indignação". Uma indignação estudada, que não transpareceu nem no tom de voz, nem no jeito de falar. Uma indignação de teleprompter. Ela não sabe dizer: Erenice e seus filhos, esposo, sobrinhos e quiçás cometeram um crime e precisam ser punidos por isso. Não pode. Erenice sabe demais sobre ela.

A fala é uma reprodução do que Lula vem dizendo há alguns dias. Pra piorar, ela disse que “Ninguém controla o governo inteiro”, como se uma chefe da Casa Civil [que não é o governo inteiro] não tenha o dever de enxergar uma quadrilha em ação na sala ao lado, promovida pela sua auxliar direta, com quem já trabalhara na elaboração de dossiês ilegais. A ‘indignação’ da candidata não é com a roubalheira promovida pela turma da melhor amiga Erenice Guerra na sala ao lado da sua [e depois na sala que foi sua], mas o fato de esta roubalheira ter sido descoberta sendo feita por pessoas que eram quase de sua família, muito perto, portanto, e com potencial para abalar sua candidatura. O que a deixa irritada é nepotismo e o amadorismo com que a corrupção grassava nos meandros da casa Covil. A coisa tinha que ser mais profissional.

Detalhe importante: sempre que alguém próximo a Lula comete um crime ele diz que a pessoa errou, nunca que cometeu um crime. Se crime houve, ele dizia, foi contra ele, Lula. Crime de lesa majestade, como no caso do mensalão e dos aloprados. Ele não questionava o crime, mas dizia: “Fui traído”.

atchurmaDurante a entrevista ao Jornal Nacional, a resposta que envolvia o caso Erenice manteve o mesmo tom. “Erros e pessoas que erram existem em todos os governos, o que precisamos mostrar é a diferença de atitude do nosso governo e do governo do meu adversário”. A pergunta é: quando foi que o PSDB e o DEM passaram a mão na cabeça de ‘seus bandidos’? Veja o caso do DF [José Roberto Arruda era o único governador que o DEM tinha à epoca]. Já o PT e seus mensaleiros, mensalinhos, sigilos, aloprados, churrasqueiros, neo aloprados, ANAC, Correios, etc… José Dirceu continua por ali, nos bastidores [aliás, não tão nos bastidores assim] aliás, é o homem forte da campanha. Ele é quem manda e desmanda em tudo o que acontece – na verdade, nunca deixou de mandar, como ele próprio afirmou em entrevista dizendo que um ‘telefonema seu é um telefonema’.

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