segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É CENSURA. ESTE É O NOME DA COISA. O RESTO É IDIOTICE.

Tenho acompanhado com cuidado o caso da gráfica paulista que foi invadida e teve cerca de 1 milhão de panfletos apreendidos. O caso é surreal. Petistas fizeram campana na frente da gráfica para impedir a saída do material [têm direito de fazer isso]. Sómente depois é que a polícia foi chamada. Sem mandato apreenderam o material sob a alegação de que iriam investigar quem mandou fazer, mesmo com o contador da gráfica apresentando o pedido, com nome, sobrenome, CNPJ de quem encomendou e CPF do responsável pela encomenda. Mesmo assim não adiantou. Os policiais continuaram dizendo: vamos investigar quem mandou fazer. Ah, tá. E a imprensa, que tem sofrido tentativas de censura, está apoiando os censores, de maneira entusiasmada. Um dia vai faltar quem grite em defesa da imprensa.

O ministro do TSE, Henrique Neves determinou que os milhares de impressos contendo o “Apelo a Todos os Brasileiros” recolhidos pela Polícia Federal na gráfica Pana, no centro de São Paulo devem permanecer recolhidos. Trata-se de uma pastoral elaborada pela Comissão de Defesa da Vida da Regional Sul I, da CNBB. A CNBB, Regional Sul I, fez uma convocação aos católicos para que não votem em candidatos favoráveis à descriminação do aborto. O PT recorreu ao tribunal porque considera que se trata de um ataque à sua candidata. Então ficamos assim: a liberdade religiosa no Brasil vale até o limite em que os petistas não se sintam incomodados. Anteontem, um grupo de partidários de Dilma Rousseff, com a cumplicidade de jornalistas, já havia constrangido ilegalmente um representante da gráfica.

O processo aberto pelo PT corre em segredo de justiça. Porque? Tenho a impressão que a constituição está sendo rasgada diariamente no Brasil. Por causa da eleição direitos individuais estão sendo violados. Veja o que diz o art 5º da Constituição do Brasil que, acho eu, ainda continua em vigor:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Na verdade, o que se conseguiu foi impedir a circulação de idéias por parte de um grupo específico de pessoas [católicos ligados a várias correntes, mas todas CONTRA O ABORTO e que se manifestaram contra partidos e políticos pró-aborto]. Como o PT vestiu a carapuça [é abortista, está em seus estatudos, está no resultado da convenção partidária deste ano, está no PNDH3] achou-se no direito de impedir a circulação da opinião de bispos e padres. O PT acha que foi um ataque a candidata. Foi? Foi – mas só às idéias da mesma, pró-aborto. Ela considera o aborto um caso de saúde pública igual a arrancar um dente. Mas, é necessário que se saiba: o abortismo é a posição não eleitoreira do PT e do governo Lula, que incentivam a mudança da lei. E o panfleto lembra isso com clareza.

Acho que o tiro saiu pela culatra. Além de abortista agora ficou claro que querem ser censores da sociedade. Querem impedir as pessoas de dizerem o que pensam, sejam elas quem forem, pobres ou ricos, evangélicos ou católicos, garis ou bispos. Só é livre para expressar sua opinião se ela for pró-PT. Dizem eles que a religião não deve ser misturada com a política. Mas porque não disseram isso quando obtiveram o apoio do aborto abortista Edir Macedo? Ou de pastores cariocas? Ou do senador Magno Malta, entre outros? Ou quando panfletos partidários foram distriubuidos na seita universal pedindo votos para Marcelo Crivella e Dilma Roussef? Porque se a igreja é usada para promover suas idéias e render votos, vale. Se é o contrário, eles dizem que é obscurantista. Todos os brasileiros têm direito de dizer o que pensam – mas parece que isso só élevado em conta se for pró-PT. Eu tenho o direito de orientar os membros da minha igreja quanto à ética do voto, quanto a sua utilidade para impedir canalhas de atingirem cargos de governo. Mas minha experiência mostra que nem todos atenderão às minhas orientações. Os que quiserem fazê-lo, fá-lo-ão espontâneamente. Os que não quiserem não sofrerão qualquer espécie de pressão.

O que o TSE fez, na prática, foi censurar a divulgação de fatos facilmente verificáveis, num texto de autoria conhecida e encomendado legalmente por uma entidade que existe, diferente, por exemplo, do MST. ACOOOOORDA BRASIIIIL

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