A Polícia Federal já descobriu que foi o jornalista [?] Amaury Ribeiro Jr. quem encomendou a compra dos dados fiscais de pessoas ligadas ao candidato José Serra (PSDB) e que foram usados para montar o dossiê preparado pelo chamado “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). Também identificou o homem que intermediou a compra dos dados obtidos ilegalmente em agências da Receita no Estado de São Paulo. Trata-se do despachante Dirceu Rodrigues Garcia. Em depoimento à polícia Garcia confirmou que Amaury pagou pelos dados da filha e do genro de Serra, Verônica e Alexandre Bourgeois, do dirigente tucano Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB. O despachante disse ter recebido R$ 12 mil pelo trabalho. O “grupo de inteligência” era responsável pelo levantamento de informações e confecção de dossiês que pudessem ser usados na campanha contra os adversários. Amaury, que negava estar trabalhando para a campanha do PT, participou de reunião da “equipe de inteligência” em 20 de abril deste ano, num restaurante de Brasília. O flat em que Amaury estava hospedado em Brasília era pago pelo partido. Em um primeiro momento, o despachante Garcia afirmou à PF não ter envolvimento com o caso. Mas, confrontado com o histórico de telefonemas dele com Amaury, admitiu o pedido e a execução dos serviços.
E Dilma não sabia de nada.
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