quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DILMA, ERENICE, CASA CIVIL… NÃO É SÓ ISSO, TEM MAIS CORRUPÇÃO AÍ

Os crimes cometidos pela família Guerra na Casa Covil tinham tentáculos em dois outros órgãos do governo, ligados diretamente a presidência da república: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Computadores e funcionários destas repartições foram utilizados pelo grupo de amigos de Israel Guerra que cobrava uma “taxa de sucesso” pelo tráfico de influência. Erenice não está mais na Casa Covil. A sindicância interna do Planalto identificou estes novos braços de corrupção e a investigação corre em sigilo, e só será divulgada depois das eleições. Foi descoberto que o computador que era utilizado por Gabriel Laender na SAE foi acessado várias vezes com a senha de Vinícius Castro [já demitido], que era assessor da Casa Civil e sócio de um filho de Erenice na Capital, empresa da família Guerra que intermediava negócios com o governo. Laender também foi advogado da empresa de telefonia Unicel, na qual o marido de Erenice é consultor. A Folha revelou que essa empresa foi beneficiada pela Presidência da República em 2007, com Dilma e Erenice na Casa Civil. Atualmente, Laender é um dos responsáveis pelo Plano Nacional de Banda Larga, menina dos olhos do governo, que visa universalizar o acesso à internet no país, mas que pode render milhões de dólares aos familiares de Erenice e amigos de Dilma – José Dirceu é um deles. O uso do computador de Laender com a senha de Vinícius Castro abre pelo menos duas possibilidades: ou ele usava a senha do colega para ter acesso ao sistema interno da Casa Civil e aos arquivos de Vinícius em rede, ou Vinícius saía do prédio da Casa Civil e, de dentro da SAE, em outro prédio da Esplanada, usava o computador de Laender para acessar seus arquivos.

QUEM É GABRIEL LEANDER

Suspeito de ter participado do lobby na Casa Civil, o assessor Gabriel Laender foi cnvidado por Dilma para trabalhar no governo em 11 de fevereiro de 2009, em ofício assinado por Dilma. No pedido enviado à Procuradoria, a então ministra pede que “seja examinada a possibilidade de colocar Laender à disposição da Presidência da República”. No ofício, informa-se que ele receberá comissão de R$ 6.843,76, uma das mais altas dentro da burocracia estatal, “sem prejuízo da remuneração e das vantagens” do cargo de procurador, cujo salário é de R$ 11.049.

Em 20 de março de 2009, Laender assumiu cargo na SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), vinculada à Presidência, e de cujo computador foram feitos acessos suspeitos em outubro de 2009 com a senha de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil que era sócio na empresa de lobby dos filhos de Erenice. Depois disso Leander passou a trabalhar informalmente na Casa Civil. Continuava como servidor da SAE, mas dava expediente na Casa Civil. Dilma agiu mais uma vez, tirou Laender da SAE para levá-lo para a secretaria-executiva da Casa Civil, sob o comando direto de Erenice e trabalhando ao lado de Vinícius, criando um cargo só para ele.  Um cargo foi criado só para ele. Dilma assinou decreto em 13 de janeiro de 2010. Erenice dizia que Laender era um “homem dela” no governo.

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