O medo de perder a eleição – agora cada vez mais real, especialmente após nova pesquisa CNT-SENSUS que aponta empate técnico entre os candidatos [embora a margem de erro ainda seja favorável a Dilma – 46 a 42%, vale lembrar que o número de votos atribuídos à candidata petista foi superestimado no 1º turno, e os votos dos demais candidatos foram subestimados] faz com que o PT inicie a operação “Esqueça o Nordeste”. O PT considera que ali a eleição está ganha, que os alimentados pelas inúmeras bolsas e controlados por coronéis como Severino Cavalcante, José Sarney, Cid Gomes e Collor de Mello não ousarão votar contra seus padrinhos. Então, o alvo é concentrar esforços em Minas [onde 398 prefeitos se reuniram para dar apoio ao presidenciável tucano José Serra em estratégia para acabar com o voto Dilmasia… vale lembrar que Aécio praticamente não fez campanha pró-Serra no I Turno], São Paulo [que tem o governador eleito do PSDB Geraldo Alkmin], Paraná [também com governador eleito pelo PSDB] e Rio Grande do Sul [onde o PMDB local já liberou o voto em José Serra].
O PT faz a seguinte conta: No nordeste a margem favorável ao PT foi de 19%. Eventuais perdas, segundo os petistas, "não atrapalharão Dilma nem ajudarão Serra" [vale lembrar que o PMDB da Bahia, de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Lula, maior colégio eleitoral do nordeste, considera o rompimento com o PT e já anunciou que não fará campanha pró-Dilma]. No norte a vantagem da petista foi de 9%, sendo que no Pará praticamente inexistiu campanha pró-Serra, só agora, no II Turno, aparecem fotos do candidato do PSDB, Simão Jatene, ao lado de José Serra, além do coronel do PMDB no estado, Jader Barbalho, também não apoiará Dilma. Como interpretar esta debandada do PMDB, o partido político mais fisiologista que existe no país? A resposta é simples: os ratos ficam no porão, e são os primeiros a perceberem quando o navio começa a fazer água. O que ainda segura o PMDB ao lado do PT é que eles têm Michel Temer como candidato a vice.
Um terceiro dado é que, para ultrapassar Dilma, Serra não precisa de 4%, mas de apenas 2,1%, porque neste caso Dilma cairia de 46 para 43.9, e Serra subiria de 42 para 44.1. A conta é simples, cada ponto perdido ou conquistado significa 2 a menos de diferença ou a mais de vantagem. E lembro: as pesquisas superestimaram os votos de Dilma e subestimaram os votos dos concorrentes. Mas elas apontaram uma tendência que se repete: Dilma caindo e Serra subindo. Vai dar para virar? Não sei… Mas as perspectivas já foram piores.
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