O presidente Lula estava, até há pouco, quieto quanto a mais um escândalo de fabricação de dossiê por seus aliados, e, especialmente, pela direção da campanha de seu poste, digo, sua candidata à presidência, Dilmentira Rousseff. Como a coisa promete esquentar, resolveu entrar na brincadeira, pra ver se empresta a sua própria credibilidade numa tentativa de fazer o assunto virar apenas mais uma "historinha de salão" brasiliense.
“Eu não falo disso [mas já falando] porque a matéria que falou do dossiê é uma coisa tão absurda que, se algum de vocês parasse 30 segundos para ler, vocês falariam: ‘É mais uma armação que está em jogo (…)’. Quem está nervoso, quem está irritado, quem está preocupado que fique preocupado [e ele não está?]. Eu estou preocupado em governar o Brasil até o dia 31 de dezembro” [embora pareça muito mais, como já afirmou, interessado em fazer sua sucessora].
Lula é o mesmo que nega o mensalão [afirma ter sido uma tramóia da oposição para derrubá-lo], mesmo quando 40 pessoas bem próximas dele estão sendo processadas pelo crime de formação de quadrilha que resultou no… mensalão. O mesmo Lula que diz que o dossiê anti-serra de 2006 era uma tentativa de atingi-lo [os que ele chamou de aloprados eram pessoas que gozavam de sua intimidade: seu churrasqueiro, seu segurança particular, o padrinho de uma filha sua…
Lula se mexeu – é porque estão, efetivamente, com medo das consequências da canalhice criminosa que Dilma e seus amiguinhos cometeram. Lula quer usar sua popularidade [Dilma não tem credibilidade] para tentar fazer esta história ir parar embaixo do tapete da História. Mais uma. A história do período lulista vai ser contada à partir dos escândalos e tramóias, mais que por qualquer outra coisa. Está claro que os petistas não vão conseguir dar conta de limpar a confusão e a sujeira que fizeram. Ninguém é mais indicado para isto que o próprio mestre de todos os sortilégios e falcatruas de todos eles: o próprio, Lula.
O problema é que esta tramóia está fartamente documentada: os próprios petistas confirmaram tudo o que tem sido publicado pela revista VEJA. O Estadão noticiou a participação, na reunião que discutiu a tramóia, de Idalberto de Araújo, um ex-araponga da Aeronáutica. Luiz Lanzetta, o homem que não tinha participação na campanha [segundo o presidente do PT] mas que assina todos os contratos de trabalho e aluguel da pré-campanha [os contratados em off tem outro pagador] o chama com intimidade de “Dadá”.
O ex-delegado Onésimo Souza informa que, além da fabricação do dossiê ainda foi proposto que o candidato tucano à Presidência, José Serra, fosse grampeado. Ele diz ter como provar e espera que alguém do petismo tente processá-lo [não vão, porque têm telhado de vidro].
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