MAIS UM CUBANO PODE MORRER DE FOME

O psicólogo e jornalista Guillermo Fariñas, que faz greve de fome contra o governo cubano desde fevereiro, teve seu estado de saúde bastante agravado por causa de uma infecção. A informação é de um dos médicos que o acompanham. Diz o médico que eu quadro se complica cada vez mais [problemas hepáticos, coágulo na jugular e infecção causada por uma bactéria chamada estafilococo]. A mãe de Fariñas, Alícia Hernandez, diz que ele está muito mal e informa que a equipe médica está fornecendo anticoagulante para tratar a trombose. Fariñas não pode sequer se mexer para evitar o deslocamento do coágulo.

A greve de Fariñas começou dia 24 de fevereiro após a morte de outro dissidente, Orlando Zapata [que o presidente do Brasil comparou com os presos por crimes comuns nas cadeias brasileiras]. Fariñas quer a libertação de 26 opositores presos, que estão doentes. Desde o dia 11 de março, o psicólogo está internado em um hospital na cidade de Santa Clara, a 270 quilômetros da capital Havana´.

E O QUE TENHO A DIZER?

Provavelmente Fariñas morrerá. E Lula visitará Raul Castro. E dirá que Cuba é um exemplo de democracia: lá morre quem quer, desde que não queira sair da ilha-presídio. É uma vergonha que o país que se pretende ser líder da democracia na américa latina jogue a democracia na latrina: apóia o governo populista paraguaio, argentino, venezuelano, boliviano, nicaraguense, cubano, mas condene o governo democrático de Honduras, por exemplo [sem falar em apoio ao Sudão, Irã e outros menos falados]. E se coloque como principal voz contra o único país que realmente tem assegurado uma certa segurança na região: os Estados Unidos.