MOLECAGEM DE GAROTINHO NA ASSEMBLÉIA MADUREIRA

Até quando o evangelho vai sofrer com politicagens? Igrejas locais [Jacundá que o diga], regionais e até nacionais tem sofrido com influências deletérias de políticos que usam o evangelho para se promover. É verdade que há evangélicos que conseguem separar, de forma razoável, o que é devoção e culto de campanha. Mas a maioria não consegue – e logo surgem os escândalos.

Infelizmente a Igreja Presbiteriana também acaba sofrendo respingos desta prática horrenda. Anthony e Rosinha Garotinho, Benedita da Silva, todos presbiterianos… todos envolvidos com o PT. Todos enrolados na vida política. Em menos de uma semana Garotinho, que está inelegível até 2011 por crime eleitoral [abuso de poder econômico] foi alvo de duas ações da Polícia Federal e do TRE. Na quarta, 09, o TRE-RJ apreendeu, na Igreja Assembléia de Deus em Madureira, material de propaganda antecipada para o ex-governador [PR] e para o deputado federal Pr. Manoel Ferreira, pré-candidato ao senado. Na quinta, 10, em Angra dos Reis, mais material, agora acusando o governador Sérgio Cabral e a Justiça Eleitoral de perseguição.

O material encontrado na Assembléia havia cartilhas "Manual Feminino de Cidadania" com fotos de Garotinho e Ferreira, sugerindo 22 razões para orar por Garotinho [22 é o número do PR] enumerando ações de quando ele era governador [o material vinha sendo entregue durante os cultos – que nojo]. Também foram apreendidas fichas de cadastramento de eleitores da igreja, que é presidida por Ferreira, que não foi localizado para explicar o material.

E O CORAÇÃO DO PASTOR

Nada além de lamentar. Já afirmei várias vezes que política não combina com igreja. Que púlpito e palanque são coisas distintas. Que é uma tolice trocar o ministério sagrado [se realmente se tem o chamado de Deus] pela politicagem mundana e o chamado de Mammon… Mas eles o fazem. E trazem vergonha para o evangelho. Penso que os pastores devem ter opinião. Firme, embasada em princípios cristãos. Mas daí a entrarem no jogo da politicalha vai uma distância enorme. Pastores devem pregar o evangelho, não pedir votos ou transformarem suas igrejas em verdadeiros currais eleitorais [alguns chegam a "vender" seu apoio].