quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESTADO DEFENDE SEUS CRIMINOSOS E CASTIGA A VÍTIMA

Se alguém conseguir me explicar o que está acontecendo com o Brasil é porque é realmente capaz de uma grande proeza, um verdadeiro trabalho de Herácles [há quem prefira o nome aportuguesado, Hércules]. Veja:

  1. O cidadão Eduardo Jorge teve seu sigilo fiscal quebrado por vários servidores da Receita Federal, segundo o próprio Secretário Geral da mesma, sr. Otacílio Cartaxo.
  2. O sr. Cartaxo afirmou que foram feitos vários acessos aos dados do cidadão Eduardo Jorge [cinco ou seis – tenho certeza que ele sabe se cinco ou seis].
  3. O sr. Cartaxo afirmou à Comissão Constituição e Justiça do Senado que já sabe quem foram os servidores que acessaram os dados de Eduardo Jorge, mas se negou a divulgar para o Senado Federal. Um funcionário do governo tem mais autoridade que o Senado?
  4. O Sr. Cartaxo afirma que vai continuar as investigações [já sabe quem acessou os dados, quantos acessos, onde foram feitos – e não foi em Brasília, segundo ele], mas vai aguardar as investigações que podem durar 120 dias – isto é, o resultado só sai depois das eleições, mas ele disse que 'Houve diversos acessos, por vários funcionários, que estão sendo investigados. Sei dia, mês, hora e a máquina em que foram feitos os acessos.
  5. O Sr. Cartaxo protege os bandidos dizendo que as informações estão protegidas por sigilo, até mesmo para não condenar inocentes', afirmou. Inocentes? Revelar as informações protege bandidos e não ao inocente da história, o Sr. Eduardo Jorge, sustentando que elas estão protegidas por sigilo [que tipo de sigilo?].

BSB Sigilosos eram os dados que foram roubados e foram parar num dossiê que estava de posse dos assessores de campanha da candidatura petista [além de outros informes contra o presidenciável José Serra]. Como diria o personagem do filme: "Esse Cartaxo é um capacho fanfarrão. Pede pra sair". O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) vai ingressar com representação no Ministério Público Federal contra o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, pelo crime de prevaricação.  Cartaxo revelou que foram feitos "cinco ou seis acessos" aos dados. Nenhum dos acessos, segundo o secretário, ocorreu em Brasília –o que significa que esses servidores da Receita não trabalham na sede do órgão, na capital federal.

Até o momento, toda a proteção tem sido dada aos bandidos – e nenhuma proteção foi dada à vítima. E o que mais preocupa é que se o sigilo fiscal de uma figura importante da política nacional [é vice-presidente do mais importante partido político da oposição] não está protegido, imagine o dos demais brasileiros. Um desses bandidos [ou bandidas] pode conseguir os dados para criar constrangimentos ou chantagem. Os que forem considerados inimigos sofrerão quebra ilegal de seu sigilo fiscal. Os amigos, que negociam com o governo, terão acesso aos dados dos inimigos. Estarão protegidos – enquanto forem "amigos", isto é, subservientes aos desejos dos bandidos petistas que estão encarapitados nos órgãos federais.

Este tipo de perseguição já está acontecendo na Venezuela, na Bolívia e na Argentina.

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