Iguais na introdução, iguais na linguagem, iguais na metodologia. Iguais até no objetivo: disfarçar a real natureza do PT. Assim são os dois programas de governo apresentados para a candidatura da candidata-almofada [aquela que só esquenta a cadeira]. Mas, por mais espertisse que tenha o partido em mentir, não consegue ir muito longe. À pergunta: qual dos dois programas de governo apresentados é o real, o PT responde: o segundo. O primeiro é só um programa do PARTIDO. E qual a diferença? Um é o que eles pretendem fazer, o outro é o que pretende que as pessoas acreditem que farão. Acho que não farão nem um nem outro, porque espero que percam a eleição. Mas, se eleitos, também se dará do mesmo modo. Não farão nem um nem outro – farão pior.
Mas, porque é possível provar que os petistas estão mentindo quanto ao programa real? É simples: o primeiro programa, o mais radical, traz a assinatura da candidata. Não do presidente do partido. Já o segundo não tem sua assinatura, porque foi feito às pressas para evitar desgaste com a opinião pública. O que devemos perguntar é: se tem a assinatura da candidata, ela deve ter aprovado, ou não? Foi pressionada para assinar? Se for eleita, quais documentos será pressionada para assinar? Ou assinará sem conhecer? Ou editará leis sem saber do que se trata? Não é possível engolir tanta mentira petista sem um mínimo de senso crítico.
Está se falando em troca de documentos, em entrega equivocada, em confusão. Entrega equivocada será dar a cadeira de presidente a uma simples almofada, recheada de escorpiões. A FOLHA DE SÃO PAULO informa que uma ala da campanha optou deliberadamente por apresentar como programa o texto aprovado no congresso do partido, com concessões às alas mais esquerdistas. E a candidata assinou o documento. Não foi um equívoco. E o próprio secretário de comunicação do partido, André Vargas [PR] sustentou que a decisão de apresentar o texto inicial foi da coordenação da campanha: "Não há problema em ter pontos polêmicos nele. Nós somos polêmicos. Isto não é problema, é qualidade. Agora, é um provisório [qual será o definitivo?] que vai ser sempre discutido".
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