domingo, 11 de julho de 2010

PRA NÃO DEIXAR PASSAR EM BRANCO

ILEGALIDADE I: DIRETOR SUPERINTENDENTE DO SERPRO [SERVIÇO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO GOVERNO FEDERAL] Marcos Manzoni arregimenta servidores na Esplanada dos Ministérios e organiza carreatas em Brasília para apoiar a candidatura petista em horário de trabalho, utilizando os computadores do órgão que dirige e no estacionamento do próprio SERPRO. Segundo a legislação eleitoral, funcionários públicos não podem participar de campanha em horário de trabalho. Manzoni atua em parceria com Marcelo Branco, coordenador de Dilma na internet, de quem é amigo. Veja esta convocatória via Twitter às 11.34h: "Hoje vamos fazer uma carreata pró-Dilma ao meio dia aqui em Brasília". E, ainda, às 11h43, para Branco: "Avisa a 'companheirada' de Brasília que estamos fazendo carreatas todas as quintas ao meio dia saindo da frente da sede Serpro". Ele não que mais convocar, já institucionalizou a convocatória: "Para não precisar toda hora dizer, vai ter uma programação permanente, toda quinta-feira", disse à Folha.

ILEGALIDADE II: O ministro Henrique Neves, do TSE, multou em R$ 5.000 o ministro da Cultura, Juca Ferreira, por propaganda antecipada. O ministério divulgou, em sua página eletrônica, entrevista do secretário de Cidadania Cultural do ministério, Célio Turino, favorável ao “Blog da Dilma” no mês de fevereiro. É dever legal do ministro da Cultura supervisionar o conteúdo da página. "A propaganda eleitoral antecipada no caso não decorre apenas das palavras proferidas, mas principalmente do contexto em que foram divulgadas: em página mantida por órgão da Administração Pública", diz o ministro.

Ah! mas tem mais. O programa de um possível governo petista, protocolado no TSE, sofrerá nova alteração, retirando as propostas radicais ainda existentes no segundo: os ataques aos meios de comunicação, que sobreviveram na segunda edição do plano. O primeiro programa era mais radical e propunha combater o “monopólio da mídia” e taxação das grandes fortunas e facilitação da invasão de propriedades. A nova versão terá o dedo do PMDB, através do ex-deputado Moreira Franco, vice-presidente de loterias da Caixa. Ele e Geddel Vieira Lima eram ferrenhos opositores de Lula. Receberam cargos e mudaram de lados.

O que a candidata petista quer é fazer no Brasil o que já há em Cuba, na Coréia do Norte, no Irã, na Venezuela e está em curso na Argentina, onde a presidente e seu marido estão em guerra declarada contra o grupo Clarín, crítico do governo Kirschner, que pretende obrigar o grupo a se desfazer de boa parte de suas empresas [emissoras repetidoras de rádio e TV, operadoras nacionais de TV a cabo, jornais diários como Clarín e Olé]. O governo tem pressionado economicamente o grupo que não tem cedido aos ataques. O governo tem exibido outdoors com fotos dos colunistas do Clarín, chamando-os de traidores e golpistas, restringindo informações a dados oficiais e exagerando no rigor fiscal [mais de 200 fiscais invadiram a sede do jornal e seqüestraram os livros contábeis, mas não encontraram nenhuma irregularidade, mas também não foi apresentada nenhuma justificativa para tal ação]. O sindicato dos caminhoneiros, aliado dos Kirsckners,impediu várias vezes, por meio de piquetes, a saída dos caminhões com exemplares do jornal da gráfica.

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