Eu já tinha ouvido algumas vezes uma frase semelhante. O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, perguntado certa vez se tinha experimentado maconha na juventude, respondeu: "Fumei, mas não traguei". Ora, custava ter respondido que fumou, mas que foi uma ação temerária e que poderia ter acabado com sua vida, como faz com milhões de pessoas ao redor do mundo?
Dilma Rousseff inaugura uma nova versão: "rubriquei, mas não assinei". Primeiro disseram se tratar de um equívoco – e 7 horas depois apresentaram outro documento. Mas o problema é que o "equívoco estava rubricado" pela candidata. Bom, logo nova desculpa: a rubrica havia sido dada por engano. Insatisfeita, pioraram ainda mais: segundo a candidata, rubrica não é assinatura. É fato. Rubrica não é assinatura – é apenas um sinal de aquiescência e de declaração de autenticidade do teor de um documento oficial, como uma ata ou uma carta de intenções, como é um programa para um eventual governo. Veja o que diz a candidata-almofada: "Não assinei documento nenhum porque não tem documento nenhum a ser assinado. Eu rubriquei páginas. Eu não olhei porque achei que era aquele programa não achei que iam colocar outro programa. Tinha que colocar o que nós tínhamos acertado em junho [com os partidos aliados]." Dilma não fez dossiês, não pediu para aliviar investigação sobre família Sarney, não fez campanha antecipada, não sabia de arapongagem… Dilma, a candidata que nunca erra de verdade. E ainda tentou atacar José Serra: "Os meus adversários, principalmente o adversário, eles sistematicamente erram. [Que erros, almofada?] Fizeram coisas assim que… Por exemplo… Eu não vou dar exemplo porque não é da minha responsabilidade falar sobre ele.”
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