Neste final de semana tive a oportunidade de conversar com pessoas que conhecem bem Nova Ipixuna. Conheço a cidade, temos uma congregação nascente lá. Mas não conheço a cidade e seus problemas. Mas quem a conhece afirma: José Cláudio e Maria do Espírito Santo não eram santos, pelo contrário. Conhecidos por estarem constantemente envolvidos em problemas, tidos por encrenqueiros, ninguém na cidade realmente lamenta a sua morte [e uma morte é sempre lamentável]… Grilagem, envolvimento do ambientalista em assassinatos… vamos aos relatos:
1. José e Maria [apesar de homônimos dos pais de Jesus não foram chamados por Deus para nenhuma missão especial] eram conhecidos por sua arrogância [ela tanto quanto ele, se não mais, para alguns] e pela tentativa de manter o controle do assentamento a qualquer custo, inclusive cobrando taxas dos assentados. Em pouco tempo compraram casa na cidade e carro, além da moto [com uma propriedade de 20ha?]. D. Maria pôde estudar e em breve viraria "autoridade"…
2. José estava envolvido, junto com o irmão [afirmam que José foi o mandante] no assassinato do também assentado "Pelado"… O motivo? A posse de um lote de terra [20ha].
3. José, depois de ser assentado, já havia vendido o seu lote para poder invadir outra propriedade. Sua estada na cidade na ocasião da morte tratava deste assunto.
4. José estava vendendo madeira para madeireiros – o que é, no mínimo, estranho, para alguém que dizia viver da colheita da castanha e outros frutos da mata. Sua terra não tinha quase nenhuma cultura. Difícil comprar casa e carro assim. De onde estava vindo o dinheiro?
5. José teria procurado um "matador aposentado", hoje comerciante, para encomendar um trabalho, no que foi recusado. Procurou outro matador muito conhecido na cidade [assassinado em 2010].
ATENÇÃO
O que vai relatado acima é apenas uma porção do que ouvi de quem conhece Nova Ipixuna há mais de duas décadas – estavam lá antes de José e Maria. Até mesmo os madeireiros e donos de serraria afirmam que se for feita uma investigação realmente isenta o resultado será bem diferente do que está sendo mostrado na mídia. José e Maria terão traçado um perfil mais humano do que mítico – na verdade, poderão ser vistos como realmente são: manipuladores, marginais. A população de Ipixuna pede que, por causa do que consideram um bandido, a cidade não seja mais mostrada como um antro de criminosos. Eles afirmam que provavelmente a morte do casal tenha, sim, a ver com terras – mas que seja ou uma vingança, um acerto de contas ou uma disputa por poder.
A estada da Polícia Federal, com agentes disfarçados, na cidade, é vista como uma oportunidade para desmistificar os tais "ambientalistas" vendedores e madeira e mandantes de assassinato.
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