quinta-feira, 19 de maio de 2011

UMA MORTE USPIANA

Tenho acompanhado a polêmica em torno do assassinato de Felipe Ramos de Paiva, aluno na USP. Há duas coisas que considero simplesmente absurdas: a posição do reitor e de muitos alunos e professores de não solicitarem a presença de forças policiais – e a proibição, embora não oficial, de haver policiamento ostensivo na área equivalente a mais de 440 campos de futebol. Quem é contra diz que a universidade é solo sagrado e quem defende diz que chegou a hora de ter segurança oficial. “Seria muito prudente termos a Polícia Militar aqui para dar segurança para os nossos alunos, para os nossos professores e para os nossos funcionários”, diz o diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro. O reitor da USP fugiu à responsabilidade e transferiu a decisão de ter ou não a PM para alunos, funcionários e professores. “O reitor, ele não é solitariamente competente, no sentido jurídico do termo, para tomar providências que a própria comunidade não queira”, explica o reitor João Grandino Rodas.

A segunda, mais intrigante ainda, é: porque tanta polêmica com a morte de um USPiano quando milhares de jovens morrem todos os dias Brasil afora e ninguém fala nada? Tanta pressa por tomar providências na USP e nenhuma em resolver o problema do restante da população.

O que há de melhor nos  USPianos? Ou o que há de pior nos brasileiros?

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