Já começou a operação para salvar a pele de Palocci [se bem que petista, no Brasil, não precisa ter medo de perder a pele, quando muito, o risco é ser promovido, como tem acontecido costumeiramente]. O escalado para defender Palocci foi ninguém menos do que o vice-presidente da república, Michel Temer, que afirmou que o "O PMDB confia plenamente na lisura do procedimento de Palocci e estará ao lado dele". Tanto confia que ele vai continuar como ministro-chefe da Casa Civil, numa eventual preparação para uma futura candidatura… É claro que o PMDB prefere alguém ali que ele possa implodir quando for necessário. Só que ninguém consegue explicar como um patrimônio declarado de R$ 375.000, de repente se transforme em mais de R$ 7.400.000, registrados em nome de uma empresa da qual Palocci só possui 99,9%.
Vale lembrar que lisura não é, necessariamente, o histórico de Palocci, que deixou o governo Lula em 2006 quando ordenou a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo da Costa que denunciou a existência de uma casa dedicada a lobby em Brasília. Para a oposição este é só mais um caso do enrolado ministro, contra quem existem denúncias também no estado de São Paulo. Suspeita-se que seja um caso de enriquecimento ilícito, e a oposição defende que a Receita Federal analise a evolução patrimonial do ministro e para quem a empresa "Projeto" prestou assessoria. Será que vão querer abrir essa "caixa preta"? Já sabemos que os órgãos federais só investigam inimigos dos petistas [alguma conclusão já foi apresentada, por exemplo, quanto à quebra do sigilo fiscal de familiares de José Serra e de membros do PSDB? Está fazendo um ano].
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