Escrevi há dias um post sobre a repercussão da morte de um estudante na USP… Três dias de abundantes depoimentos e reportagens em praticamente todas as redes de televisão… Na Amazônia [e esta é uma abordagem tola, uma vez que foram dois episódios, um duplo assassinato no Pará e um em Rondônia] há agora uma verdadeira operação de guerra, como se a segurança nacional houvesse sido violada. Um criminoso [filiado ao PT que foi protegido pela então governadora, Ana Júlia Carepa, também do PT, que só permitiu a instauração de um inquérito de mentirinha um ano depois do crime] e sua esposa foram mortos em Nova Ipixuna… e um agricultor em Rondônia. Um corpo foi encontrado, também em Nova Ipixuna, mas descarta-se ligação com a morte do casal ou até mesmo com os conflitos agrários [que na maior das vezes não passa de conflitos de interesses]… Seis ministérios mais a Polícia Federal foram colocados para trabalhar [?] em Nova Ipixuna. Rodovia Federal foi fechada por manifestantes que protestavam contra a morte do criminoso – e ninguém desobstruiu a via… ficaram lá enquanto quiseram. Na época que escrevi sobre a morte uspiana perguntei sobre as outras mortes que ninguém dá a mínima? Sobre as mortes campesinas pergunto a mesma coisa: e as outras mortes que ninguém dá a mínima?
No quintal da Sra. Dilma, na cidade de Valparaíso [Go], fronteiriça ao Distrito Federal, numa única noite foram mortas 5 pessoas. Algum movimento? Alguma preocupação governamental? Algum ministério? Polícia Federal? Nada. Não são USPianos… Não são campesinos. São só 0,0001% dos mortos todos os anos no Brasil para os quais ninguém dá a mínima atenção.
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