Em resposta ao discurso do ex-governador José Serra, que afirmou que seu governo em São Paulo foi “de caráter e índole” e que não se cultivou "escândalos, malfeitos ou roubalheiras. Nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito" a candidata do PT, Dilma Roussef, afirmou que o debate sobre a ética é "muito bom para a gente", afirmou ela, dando como exemplo "tudo o que foi feito" nas operações da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal (PF). Afirma ela que o governo Lula "…levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ninguém apurava."
Na sua fala há uma verdade e uma mentira já consagrada. A verdade é que “antes não apareciam tantas denúncias”. É verdade. Atualmente o número de denúncias é bem maior, mas, se observarmos quem são os envolvidos nos grandes escândalos nacionais, pelo menos 80% tem o envolvimento direto ou indireto do PT [até mesmo o famoso mensalão do DF já apresenta indícios de participação de petistas e aliados], e tambémde parentes diretos do presidente [filho, irmãos, genro]. A lista é grande, basta pesquisar no blog, inclusive envolvendo figuras graúdas do seu partido [e muitos com conivência e conhecimento do sr. Lula – como no caso do mensalão]. São inúmeros os grandes do PT que caíram: Palocci, Dirceu, Genoíno, Vaccari, etc…
A mentira é que o governo federal é interessado nestas investigações. Na verdade, a maioria das denúncias parte da imprensa, que é literalmente odiada pelo sr. presidente e seus sequazes. Não foi o governo Lula quem levantou o tapete. Ele foi descoberto debaixo do tapete. E lá há muita, muita sujeira ainda por ser descoberta. Debate ético? Com o petismo? É barbada. Tomara que o Serra aceite.
Ao mesmo tempo a sra. Dilma reconhece que seu governo – sim, seu, pois ela era ministra da casa civil, das minas e energia – falhou exatamente onde Serra foi eficiente: na saúde, na educação paulista [apesar da baderna promovida pela “companheira Bebel”] e no planejamento [ajudou no estabelecimento das bases econômicas que fizeram o Brasil, finalmente, superar as crises e instabilidades costumeiras], apesar da oposição do próprio PT ao plano real, ao PROER, à privatização da telefonia, etc… Deste debate, que pode ser apresentado com números, logo ela, tão fria, quer fugir. Sabe que perde também. Sua aposta é uma só: o cabo eleitoral, Luis Inácio da Silva, o Lula…
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