O quadro político que se desenha é, de um lado, as forças situacionistas capitaneadas pelo presidente Luis Inácio da Silva e sua criatura, a candidata Dilma Roussef... Do outro, as forças oposicionistas em torno do ex-governador paulista José Serra. A principio cumpre dizer que ambos são esquerdistas, ambos são ímpios [nenhum deles é seguidor confesso do Senhor Jesus]. Em outubro os brasileiros terão que ir às urnas para escolher entre um deles [haverá outros candidatos, como sempre, mas o quadro eleitoral está desenhado para que a eleição se decida entre um destes dois]. Se houver um eventual segundo turno então a escolha terá mesmo que ser feita – uma escolha difícil, que Rodrigo Constantino chamou de "escolha de Sofia". Outras opções são possíveis: faltar às urnas [deixar de cumprir um dever cívico], votar em branco ou votar nulo. E o voto do cristão, como deve ser?
Repito que não vejo em nenhum dos candidatos qualquer espécie de salvador da pátria, nem mesmo quando o pseudo evangélico, pseudo presbiteriano [que pena, mas o tal é da minha Igreja] desejou se candidatar numa molecagem eu vi nele o perfil de um homem de Deus, à semelhança de um José, Daniel, Asa, Davi e tantos outros. Era só mais um populista, um Brizola garotinho.
Há vários anos, desde 1992 tenho sistematicamente optado em me manter distante do processo político. Curiosamente nunca fui eleitor na minha cidade natal – e apenas em 2008 atualizei o meu domicilio eleitoral. Porque fiz isso? De novo, aproveito um texto do Rodrigo para retirar dele uma frase de Edmund Burke, muito conhecida: "Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam". E eu me senti assim – alguém que estava se omitindo de fazer o que é certo.
E o que é certo neste caso? Quero falar como cidadão, mas como um cidadão cristão. E quero listar algumas razões porque considero que um verdadeiro cristão não pode, de boa consciência, votar num candidato que:
i. É contra a liberdade de pensamento, expressão e culto. Todas as manifestações documentais que ilustram o futuro desejado para o Brasil indicam que o partido que está no poder deseja transformar o Brasil em algo semelhante a Cuba, Venezuela, China ou a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Do gabinete de um dos principais candidatos saíram documentos que caminham para, se aprovados, tornar o Brasil uma ditadura. Já passamos por períodos ditatoriais e sabemos que não é o melhor ambiente para se viver. Ainda que países com regimes ditatoriais tenham algum grau de eficiência econômica, a que preço isto tem alcançado. A China é um exemplo disto, e os arranjos feitos para as olimpíadas, mostrados em numerosas reportagens, mostram que o povo é nada mais que uma massa nas mãos dos governantes – não têm vontade, apenas cumprem determinações estatais. E quem ousa discordar é preso e fuzilado. É isto o que queremos para o Brasil? Quantos brasileiros morreram [obviamente muito menos que em Cuba] ou fugiram do Brasil para não morrer por causa de uma ditadura. Jornais e revistas são constantemente atacados verbalmente pelo presidente da república e seus seguidores sempre que publicam algo que contrarie as expectativas planaltinas. Jornalistas, promotores sofrem ameaças veladas, emissoras sofrem todo tipo de pressão. Ainda não chegamos ao [baixo] nível venezuelano – mas, como disse o grande líder desta súcia, "Na Venezuela há liberdade até demais". Políticos que ousam enfrentar os arroubos autoritários deste grupo que controla o palácio do Planalto são alvo de dossiês [sempre negados, como o anti-SERRA [SP] em 2008; anti FHC [DF] e ainda anti PERILLO [GO] em 2009, anti YEDA [RS] curiosamente, todos de um mesmo partido de oposição]. Numerosas são as tentativas de coibir a imprensa, o livre pensamento, e até mesmo a livre expressão cúltica, aliás, estas tentativas partem sempre de pretensas minorias para atacar, invariavelmente, o cristianismo. Defende-se o umbandismo, o espiritismo, o islamismo, o daimismo, mas sempre se posicionando contra o cristianismo, especialmente se for o cristianismo bíblico, verdadeiramente profético [não me refiro aos profetismos nem aos mais diversos messianismos, mas à proclamação da verdade de Deus a um mundo corrompido e que jaz no maligno].
ii. É contra a liberdade de associação de acordo com princípios religiosos. A defesa veemente de práticas anti-naturais levou a criação, em nome de uma falsa defesa de uma minoria, de um projeto de lei que, se aprovado, abrirá no Brasil portas para a mais terrível perseguição legalista. Alguém, por exemplo, que leia publicamente textos como Levítico 18.22 poderia ser taxado de homofóbico e, assim, processado podendo ir parar na cadeia. Igrejas que se recusarem a receber homossexuais que não deixaram nem pretendem deixar a prática podem ser fechadas e seus líderes responderem criminalmente. Pastores que se recusarem a realizar um casamento homossexual [como pode ter casamento entre iguais, uma vez que acasalamento pressupõe um casal, isto é, gêneros diferentes – e homossexualismo não é questão de gênero, é questão de escolha, de opção]. Está chegando o dia em que teremos que, através do nosso voto, dar ou não apoio a idéias como esta.
iii. É contra a igualdade natural entre as pessoas. Como ficar ao lado de quem afirma que homens e mulheres são diferentes devido a sua origem, especialmente à quantidade de melanina em sua pele? Por decreto as quotas pretendem estabelecer no Brasil um racialismo que, no futuro, pode degenerar em racismo. Pretende-se corrigir erros do passado acrescentando-se novos erros, dando privilégios a alguns e tirando direitos de outros, ainda que a constituição afirme claramente que todos são iguais perante a lei. O próprio líder deste grupo, que deveria representar todos os brasileiros, já demonstrou seu racismo ao afirmar que a crise de 2008 era "culpa dos branquelos". Se alguém dissesse que era "culpa dos pretos" seria, certamente, processado por racismo. Também pretende-se dividir as pessoas por sua origem, numa tentativa de opor os brasileiros nascidos no norte-nordeste contra os que nasceram no sul-sudeste. Morei nestas duas regiões, e sei que oportunidades não faltam em ambas. O mais esforçado, com mais visão geralmente progride – em ambas. Não há diferença natural. Mas, uma vez que isso rende votos, o caminho é atentar contra a igualdade natural das pessoas, todas criadas à imagem e semelhança de Deus, não importa a quantidade de melanina em sua pele. Você dirá, em breve, se quer morar em um pais dividido, quotizado e racista, que privilegia alguns em detrimento da maioria.
iv. É contra o direito natural à vida. Como poderia um cristão consciencioso ficar ao lado de quem, em nome de um pretenso direito das mulheres de decidirem o que fazer com seus corpos [já escrevi antes no blog, porque não decidir antes?] o estado não apenas permita mas patrocine o aborto indiscriminado, desde que até um determinado número de semanas de gestação. O novo ser, gerado no ventre da mulher, é desconsiderado como ser humano, é visto apenas como um feto, algo descartável. Quem é que decide a partir de que semana o feto é ou não humano? Desde a concepção já não tem os caracteres genéticos completos, os 46 cromossomos que caracterizam a espécie humana? Mas entre os artigos que formam o estatuto e são base do trabalho deste grupo situacionista, a vida humana não tem valor algum [especialmente se não tem 16 anos e ainda não vota]. Você terá que dizer se concorda com o aborto ou não. E, pergunto, você já tem alguma idéia do que fazer com o que restar de um aborto? Enterrar como pessoa, jogar fora como lixo hospitalar? Você decidirá, apoiando ou se opondo aos patrocinadores desta loucura.
v. É contra a paz e a favor do terrorismo. Como aprovar que o Brasil, um pais tradicionalmente pacífico, se envolva com praticamente todos os párias políticos mundiais [o Brasil hoje é fiador de Cuba, da Venezuela, do Panamá, do Paraguai, da Bolívia, do Sudão, do Irã, do Hammas] ao mesmo tempo que se coloca contra as democracias mais estáveis [para ilustrar, Estados Unidos e Itália] e tenta derrubar as mais frágeis [como aconteceu recentemente em Honduras]. Como concordar que o Brasil se alinhe com o Irã, que pretende construir bombas atômicas e, que, entre suas determinações existenciais, tem como princípio afogar os infiéis no mar, e varrer Israel do mapa? Você concorda em apoiar Ahmadinejad? E Yasser Arafat? E Chávez?
vi. É contra a lei e a ordem legal. O quadro que se desenha para o futuro brasileiro é o da mais completa bagunça jurídica. Vou citar alguns exemplos. A lei da Anistia, que beneficiou militares e opositores políticos [como um dos candidatos mais bem cotados, José Serra], inclusive terroristas e assassinos [como o outro mais bem cotado candidato, Dilma Roussef e alguns dos ministros do atual governo, entre eles Francklin Martins, Paulo Vanucchi e Carlos Minc] tem sido alvo de constantes ataques, mas sempre com objetivo de imputar os militares e concedendo benefícios vultosos a muitos ex-terroristas [o presidente e sua candidata recebem mais de R$ 5.000,00 mensais a título de pensão]. Apoiando tal grupo situacionista, apóia-se também o baguncismo, o grevismo descabido como o que houve em São Paulo em 2008 [policiais] e 2010 [professores] com reivindicações absurdas e até tentativa de invasão de área de segurança, com constantes ataques às forças policiais que representavam a ordem e o estado de direito. Ficando do lado deste grupo da situação fica-se do lado do MST, que não respeita as leis, invade propriedades, destrói, saqueia, mata animais e até pessoas. Você pretende dar mais um mandato para que este estado de coisas perdure?
vii. É contra falar a verdade. A prática mais comum tem sido a de falseamento da verdade, ou, para usar uma palavra mais dura, a mentira constante. São mitômanos. Desde o escândalo do mensalão todos sabem. Escândalo após escândalo fica claro a real natureza deste grupo que assumiu o poder, assaltou os cofres públicos e tem feito chacota dos brasileiros, das leis e de suas instituições. Os instrumentos do poder tem sido usados contra inimigos [desvio de verbas para favorecer aliados,, dossiê anti Serra, anti FHC, anti Yeda, anti Perillo, pedido de vistas grossas às falcatruas da família Sarney, currículo falso da, à época, ministra da casa civil. E sempre se esquivam com uma frase magistral: "Não sei, é intriga da oposição". Eu não sei que Brasil você quer, mas eu não quero um Brasil onde estas coisas, que já se tornaram corriqueiras, passem a ser a norma.
Eu quero um Brasil para os brasileiros, todos iguais, onde o estado esteja a serviço do povo, e não de um bando de larápios e gatunos sem vergonha que vão usar o estado para oprimir e roubar o povo. Eu quero um Brasil onde eu possa expressar minha opinião livremente, onde eu possa dizer claramente o que Deus pensa, não apenas de seus servos, mas de suas criaturas. Onde eu possa dizer a um pecador que ele pode ser liberto do pecado que o oprime, mesmo que ele se esconda atrás de uma falsa máscara "alegre".
Se você quer tudo o que vai acima, vote no PT e na Dilma. Mas prepare sua nuca. Se tiver sorte, você conseguirá fugir do Brasil. Eu vou votar contra tudo isto.
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