segunda-feira, 5 de abril de 2010

JUSTIÇA AMERICANA QUER OUVIR O PAPA

Vai acontecer? Claro que não. Mas seria interessante o papa Bento XVI, Joseph Ratzingher, dar explicações sobre o acobertamento e proteção efetivamente prestados a padres e bispos acusados de exploração sexual de menores, isto é, pedofilia. Há numerosas denúncias de pais [e de pessoas que foram abusadas na infância] que afirmam terem sido procurados para acordos financeiros out of corte, isto é, sem apelar para a justiça, e muitos os que não aceitaram afirmam terem sofrido ameaças, especialmente nos estados americanos onde a presença católica é mais sentida devido à forte imigração latina [tanto européia quando americana].

É óbvio que o Vaticano já disse que o papa não vai se submeter a uma humilhação desta, afinal, ele é um chefe de estado [o Vaticano, pouco maior que a área do estádio Mario Filho, o Maracanã] e como tal goza de ‘imunidade diplomática’. O Vaticano tem razão. Ele não vai. Legalmente, não deve ir. Mas, e no que tange à moralidade, à proclamação da verdade e a punição dos faltosos? Nada vai ser feito. Roma prefere pagar gordas indenizações, retirar os párocos da região onde cometeram seus abusos e, semper aedem [sempre a mesma], seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

Se Roma é a mãe dos seus fiéis, é uma mãe omissa, que permite que seus filhos sejam abusados pelos próprios “padres”, palavra que significa, embora não reflita o conceito real, “pais”.

Com a palavra, Ratzingher e seus panzers.

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