sexta-feira, 23 de abril de 2010

PARA ONDE? PARA ONDE?

P3020336Texto para publicação no boletim da Igreja Presbiteriana em Jacundá [ANO III]

Sempre que um fato inusitado chama a atenção, especialmente no que trata das relações sociais [o assassinato de uma criança por seus pais, ou dos pais por um filho, ou alguma atitude que choque os costumes estabelecidos] faz-se uma pergunta: para onde estamos indo? Onde iremos parar? A resposta? Eu não sei. Tanto quanto tenho estudado a história dos povos, sei que a atual forma de organização da nossa sociedade caminha para um abismo de tentativas que gerarão frustrações. Os erros são os mesmos cometidos pelos gregos e romanos [em nome de uma pretensa superioridade - cultural e filosófica, no caso dos primeiros, e militar e administrativa, com os segundos] ambos foram abrindo mão dos valores que formavam a base da sua sociedade: a família, a propriedade, a honradez, a sexualidade sadia...

Ambos permitiram que homens sem qualquer ética ditassem os rumos econômicos, políticos, sociais e culturais, conduzindo-os a um patamar de lassidão e devassidão que ainda não foi alcançado por nós, mas que, infelizmente, não está tão longe.

Há forças que se opõem, que lutam para que não cheguemos ao mesmo estágio: ditadores, demagogos, licenciosidade nos costumes, prevaricação nas coisas públicas... Mas, por maior que seja a oposição, o quadro que se avizinha é o de muitas, muitas nuvens negras. Certo compositor pergunta: "Como será o futuro do nosso país?" Esta pergunta foi feita há mais de duas décadas. Creio que o futuro que ele esperava já chegou. E a resposta não é das mais aprazíveis. Para onde nosso país, nossa sociedade está indo? Não sei.

Todavia, sei de uma coisa que também era cantada na música citada: há uma saída. É só este país voltar seus olhos para Deus, o justo juiz.

Nossa maior dificuldade não são políticos corruptos, não é o clima, não são terremotos, chuvas ou secas. Nosso maior problema é a negação constante e obstinada em assumir a mesma atitude do salmista Davi [Sl 27]: "O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo. O Senhor é a fortaleza da minha vida, a quem temerei?" Em seguida Davi lista o que ele ganhou pelo fato de confiar no Senhor: segurança, mesmo em meio à adversidade; comunhão com Deus, prazer de estar em sua casa junto com a congregação; vitória por ser liderado pelo invicto capitão.

Tristemente nossa nação faz outro caminho: prefere depositar sua confiança e esperança nos homens ou nas realizações destes. Para onde ir? Nossa nação tem escolhido o caminho da maldição [Jr 17.5] e não da bênção [Sl 33.12].

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