sábado, 3 de abril de 2010

A PÁSCOA DO PONTO DE VISTA DE JESUS

Falar de páscoa é falar da ressurreição de Jesus, mas, do ponto de vista da segunda pessoa da trindade, a páscoa começa muito antes daquela sexta-feira inesquecível. O significado da páscoa para Jesus Cristo pode ser encontrado em Filipenses 2.5-11.
A PAIXÃO

A paixão é o processo de humilhação do Senhor Jesus. Ele, sendo essencial (v. 6) e plenamente divino (Cl 2.9), não se prendeu nem mesmo à sua infinita e eterna glória como se isto fosse um empecilho para vir resgatar seu povo (Jo 2.4 cf. Jo 18.37), esvaziando-se, isto é, abrindo mão consciente e voluntariamente do uso de seus atributos divinos, embora não os tenha perdido (Jo 19.11; Mt 26.35) e, mesmo sendo o Senhor Altíssimo (Is 6.1 cf. Jo 12.41) assumiu a forma de servo [doulos = escravo, v. 7], com suas limitações [fome, dor, sede, sono, sofrimento e mortalidade], sendo reconhecido em figura humana, podendo agora ser contemplado [cp. Ex 33.2o e I Jo 1.1] e até mesmo ferido [Mt 27.29] e escarnecido [Mc 14.65]. Mas um detalhe que não pode ser esquecido é que ninguém humilhou Jesus, mas ele mesmo escolheu este caminho para que, experimentando nossas dores, fosse mais acessível sumo sacerdote [Hb 4.15-16].
A MORTE
Jesus foi obediente até a morte, experimentando algo que nem mesmo os homens deveriam [embora mereçam] experimentar, pois ela é uma consequência do pecado - e o homem não foi criado em pecado. Esta experiência foi por sua livre vontade [Tt 2.14 cp. Mt 26.42 e Jo 10.17-18]. Mas não foi uma morte qualquer, mas na cruz, lugar de maldição segundo a Lei [Dt 21.23 cf. I Pe 2.24], onde nós, os pecadores, merecíamos e deveríamos estar, não ele, o Deus santo [Is 6.3]. Foi a morte do justo no lugar devido unicamente aos injustos [I Pe 3.8].
A RESSURREIÇÃO
À partir da ressurreição Jesus começa a retomar o estado de exaltação [v. 9] que havia deixado para morrer em nosso lugar. Ele foi ressurreto por obra de Deus [At 13.30-34 e Rm 10.9] sendo, além de Senhor por direito de criação, também por direito de resgate. Jesus tem o nome mais exaltado, o único que deve ser invocado em busca de salvação [cp. Jl 2.32 e At 4.12]. Diante de Jesus não se colocarão mais escarnecedores, mas somente adoradores [Lc 4.8 cp. Jo 20.28] que desejam louvá-lo de todo o seu coração, em ardente gratidão pelo dom da vida eterna. Quanto aos ímpios serão para sempre lançados no inferno, lugar de condenação inexcedível.
Jesus já recebia adoração e louvor no Antigo Testamento [Is 6.3], e também recebe nos relatos neotestamentários, tanto na terra [Mt 21.6; I Pe 1.7] como nos céus [Ap 4.10; 15.3]. Tudo isto porque aquele que veio como servo, reassumiu agora o lugar que é seu de direito, como Senhor [v. 11] e soberano sobre toda a criação [Lc 24.3]. Ninguém tem mais o direito de se opor ao Senhor de toda a terra, Senhor dos senhores [Dt 10.17] e rei dos reis [Ap 17.4], pelo contrário, todos devem adorá-lo e louvá-lo de todo o seu coração, pois com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa para salvação [Rm 10.10].
Assim, celebremos a páscoa porque nosso Senhor Jesus MORREU, RESSUSCITOU, VIVE E REINA ETERNAMENTE. ALELUIA!

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